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Felipe França não gosta de ser desafiado. E mostra na água o seu valor. Medalha de prata nos 50m peito no Mundial de Esportes Aquáticos em Roma, o nadador revelou um certo desconforto por ser considerado um especialista em uma prova que não faz parte do programa das Olimpíadas.

"As pessoas ficam criticando porque a prova não é olímpica, então vou buscar nos 100m e nos 200m também. Tenho só que melhorar o meu aeróbico. Quero pegar logo nas três distâncias", avisou o nadador.

França já foi para a Itália indignado pelo fato de as pessoas não entenderem como ele pôde cravar o recorde mundial nos 50m peito (26s89) no Brasil, marca que caiu em Roma para 26s74, feito registrado pelo medalhista de ouro, o sul-africano Cameron Van Der Burgh. No entanto, o nadador garante que não quer provar nada para ninguém.

"Muita gente falou que meu recorde tinha sido por acaso… Eu nado para mim, pelo meu trabalho, não é para mostrar nada a ninguém. E fui para lá com a minha cabeça já pensando que poderia perder o recorde mundial, mas eu estava focado em trazer a medalha", disse, satisfeito com a prata.

Sobre o feito que registrou em Roma e a cena que protagonizou quando foi ao chão no pódio, o nadador brincou.

"A ficha já caiu, caiu ali, comigo, no pódio. Fui com esse pensamento, eu já sabia. E fico feliz pela união que eu vi da equipe brasileira desde a preparação em Portugal, depois senti uma energia muito boa antes da minha prova. O Brasil já é uma potência e está de parabéns. Com certeza foi um passo muito importante porque muita gente participou apenas do seu primeiro mundial e essa experiência vai ajudar muito."

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