Felipe Nasr não deu importância para os problemas judiciais que a Sauber enfrentou nos últimos dias, e provou isso com uma estreia impressionante no Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1, neste domingo.
O brasileiro, que não tinha sua participação assegurada na prova até o sábado, mostrou que estava com a cabeça tranquila e tinha um carro rápido nas mãos, terminando em quinto lugar em sua primeira corrida na Fórmula 1.
Ele terminou muito atrás do vencedor da prova, Lewis Hamilton, da Mercedes, mas fez o suficiente para ficar à frente do ídolo australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, após longa batalha pelo quinto lugar em Alberto Park.
“Eu devo dizer que estou surpreso com tudo e acho que a preparação foi muito bem feita ao longo do inverno”, disse o piloto.
“Chegar a um novo time e ficar confortável com o carro, eu não poderia pedir mais.”
Nasr só foi confirmado na prova depois que o piloto holandês Giedo van der Garde retirou sua ação judicial contra a escuderia suíça na manhã de sábado.
Piloto de testes da Sauber no último ano, Van der Garde acusou a equipe de renegar um contrato assinado que o garantiria na escuderia nesta temporada.
Ele venceu a ação em primeira instância, mas depois a retirou, permitindo que Nasr e o sueco Marcus Ericsson pudessem competir na Austrália enquanto o assunto segue pendente.
“Nós tivemos um começo difícil. Eu diria que foi o mais difícil de minha carreira”, disse Nasr.
“Só de manter tudo em pé já é um grande alívio para mim e para o time.”
Apesar de sua estreia impressionante, Nasr ainda não sabe se ele está confirmado para correr a próxima prova na Malásia. A diretora da Sauber, Monisha Kaltenborn, se recusou a comentar o caso.
“É um assunto ruim. Não vou dizer nada a respeito”, ela se limitou a dizer.
No entanto, Kaltenborn comentou efusivamente o bom desempenho da equipe na Austrália, depois de passar a última temporada inteira, a pior da história da escuderia, sem conquistar um ponto sequer. Neste domingo, os dois pilotos ficaram entre os oito melhores.
“Nós já podíamos ver nos testes de inverno que o carro era muito mais competitivo que o do último ano”, disse. “É o chassi e, claro, o powertrain (motor e câmbio). A Ferrari fez um grande trabalho com seu powertrain.”
“Nós já conseguíamos prever isso, mas conquistar esse time de resultado é como um sonho se tornando realidade em nossa primeira prova.”
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