Em pouco mais de 90 minutos, o Coritiba deixou 2012 para trás e antecipou o ano novo.

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A vitória sobre o Náutico transformou em mera burocracia a permanência na Primeira Divisão e o anúncio de Alex indicou o que o clube pretende ser na próxima temporada. Efeito antecipado pela contratação de Deivid, por quem, é bom dizer, Marcelo Oliveira bateu o pé, mesmo não podendo usufruir da sua contratação.

A qualificação do elenco coxa não pode, no entanto, parar em Alex e Deivid. A falta de um segundo volante que saiba armar o jogo atrapalhou o time durante este ano inteiro. Gil tem dado conta do recado, mas a característica é outra – carrega a bola, quando o time precisa de alguém que faça a bola correr sozinha. A defesa precisa de reforço nas laterais, atual­mente bem cuidadas por Victor Ferraz e Dênis, nenhum dos dois com uma sombra real.

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Com Alex, o Coritiba ganha o poder de atração que, em grau menor, Ricardinho emprestou ao Paraná. Jogadores que em situações normais pensariam duas vezes em desembarcar no Alto da Glória vão olhar para o Coxa de maneira diferente. Com Deivid já foi assim.

O efeito se estende aos rivais. O Atlético terá de se movimentar para ter um time à altura. Não pensando em vencer o Estadual, mas sim em ser o grande time paranaense nas disputas nacionais de 2013. E o Paraná, dentro das suas limitações, terá de acelerar o passo para não precisar trocar o binóculo com que vê a dupla Atletiba há alguns anos.

Duro é ver esse cenário animador se diluir em um Campeonato Paranaense inchado, longo e desgastante. Obrigar os clubes a jogarem de 22 a 24 partidas é um crime. Bem fazem Atlético e Coritiba, que já prometeram times reservas ao menos para o início da disputa. A Federação não deixa outra escolha.

Grandeza

A Arena é a melhor opção para a Copa em Curitiba. O Atlético, com Petraglia à frente, foi a entidade que mais trabalhou pelo Mundial no Paraná. A iminente aprovação do relatório do Tribunal de Contas sobre o potencial construtivo não apaga esses fatos.

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A única mudança com a constatação do óbvio – a moeda virtual é dinheiro público –será que todos os atos ligados à obra terão de passar pelo crivo de órgãos fiscalizadores. O que deve ser visto pelo Atlético e pelos atleticanos como um benefício. Avaliados e avalizados pelo TC e pelo Ministério Público, os contratos da conclusão da Baixada ganharão um carimbo de idoneidade que só engrandecerá o clube rubro-negro.

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