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Rúgbi retorna aos Jogos Olímpicos e brasileiros projetam evolução da modalidade no país | Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
Rúgbi retorna aos Jogos Olímpicos e brasileiros projetam evolução da modalidade no país| Foto: Daniel Derevecki / Gazeta do Povo
  • Paranaense Ângela Park joga como profissional nos EUA e pode ser uma esperança até 2016

Dois esportes pouco difundidos no Brasil, o rúgbi e o golfe podem ganhar um novo impulso com a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) desta quinta-feira, escolhendo estas duas modalidades para compor o programa dos Jogos de 2016. A decisão precisa ainda ser ratificada em outubro, em nova reunião do COI na Dinamarca, porém, ao deixar beisebol, softbol, squash, caratê e patinação para trás, os dirigentes dos esportes escolhidos prevêem novos rumos e ares para os dois esportes.

"A International Rugby Board vinha apostando na entrada do rúgbi no programa olímpico em sua modalidade ‘seven’, diferente da disputada na Copa do Mundo (com 15 jogadores em cada equipe). Com este anúncio acredito no crescimento da visibilidade para o rúgbi, traremos novos países para o contexto mundial. Será muito importante rever de volta às Olimpíadas", disse o presidente da Associação Brasileira de Rúgbi, Aluísio Dutra Júnior, à Gazeta do Povo, relembrando que a última aparição do esporte em Jogos Olímpicos foi em 1924, em Paris.

Dezesseis anos antes quem fez a sua última aparição nas Olimpíadas, em Londres, foi o golfe. Agora a modalidade, depois de muitas possibilidades de retornar, ganhou impulso para compor mais uma vez o evento.

"A própria saída do golde dos Jogos se deu por uma discordância entre os americanos e os ingleses. O pessoal dos EUA queria jogar a modalidade ‘stroke play’ (todos contra todos, quem completar o campo com menos tacadas vence), enquanto na Inglaterra se tinha a preferência pelo ‘match play’ (esquema mata-mata de um jogador contra o outro). Para este retorno ainda não está definida esta forma de disputa, por exemplo, mas acho que esta entrada no programa olímpico vai motivar a todos, o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) deverá transferir um pouco de dinheiro para as federações e podemos desenvolver o esporte", comentou o diretor executivo da FPG e ex-presidente da Confederação Brasileira, Pedro Cominese.

Os outros cinco esportes que ficaram de fora ainda alimentam a esperança de que rúgbi e golfe não consigam maioria nos votos dos 106 membros do COI, porém as chances disto acontecer são reduzidas. O próprio COB declarou, através de um comunicado, que só aguarda a ratificação de outubro para então entrar em contato com as entidades representativas dos dois esportes e construir todo um planejamento. O foco será em montar grupos competitivos, sobretudo se as Olimpíadas de 2016 forem realizadas no Rio de Janeiro.

"O rúgbi lembra o vôlei de praia pelo fato de ser festivo, com todos a vontade. A nossa equipe feminina participou da última Copa do Mundo de Seven e ficou em 10º lugar, mas detém a hegemonia sul-americana há cinco anos. No masculino não fomos à Copa por muito pouco, mas até as Olimpíadas poderemos montar uma equipe muito competitiva e nos classificarmos. Já temos um planejamento, vamos transformar a associação em confederação em breve e esperamos trabalhar com o COB neste projeto", afirmou Aluísio Dutra Júnior.

"Temos que levar em conta que há profissionais e amadores no golfe. Evidentemente que temos bons nomes, o próprio Daniel Stapff é um talento nosso, temos também a Ângela Park se destacando no LPGA, creio que podemos projetar uma boa participação. Só temos que ter consciência de todos os detalhes, como forma de disputa e número de atletas por cada país", concluiu Pedro Cominese.

Vale lembrar que rúgbi e golfe, se confirmados na Dinamarca, já estão nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, como eventos de demonstração.

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E você internauta, o que achou da entrada do rúgbi e do golfe no programa olímpico? Participe!

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