Fanáticos pelo UFC, Aristeu e Cristian garantiram presença na quarta edição brasileira do evento| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Mídia

Facebook e Twitter viram peças-chave para crescimento rápido

A popularidade do UFC tem na internet, mais especificamente nas mídias sociais, um de seus grandes segredos.

O presidente, Dana White, é entusiasta do Twitter, com mais de 2 milhões de seguidores. No microblog, ele divulga novas lutas, sorteia ingressos, e, sem papas na língua, critica lutadores e até fãs.

"Antes, se fosse fazer uma aparição em algum lugar, teria de comprar anúncios em rádios, internet, jornais e mesmo assim não saberia se atingiria as pessoas que realmente se importam", diz o chefe, que premia os atletas com maior número de seguidores.

Pelo Facebook, atualmente com 9,4 milhões de ‘curtir’, o Ultimate disponibiliza alguns combates gratuitos ao vivo. "Você consegue aumentar seu número de fãs e continua a crescer com a sua marca. Também se educa mais gente sobre o esporte e tem mais gente comentando sobre ele, o que é fundamental", completa White.

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Ground and pound

Tática que consiste em obter uma posição dominante no chão e pontuar utilizando socos e cotoveladas. Foi criada pelo wrestler americano Mark Coleman.

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"Eu estava disposto a pagar o preço que fosse para estar lá", conta, enfático, o auxiliar de escritório Cristian da Silva Cardoso, 23 anos, sócio de carteirinha do Coritiba, sobre o dia 27 de agosto de 2011.

Apesar de a data marcar o penúltimo Atletiba da temporada, o Couto Pereira não era nem de longe o local onde o torcedor realmente gostaria de estar. Para ele, as folhas do calendário sinalizavam outro evento: o retorno do UFC ao Brasil após 13 anos.

Porém, como os 15.100 mil ingres­­sos reservados para a primeira edição no Rio de Janeiro es­­gotaram em apenas 74 mi­­nutos, Cristian não conse­­guiu acom­­­­­pa­­nhar in loco o esporte que, rapidamente, vem ganhando mais espaço em sua agenda. O futebol ainda é o carro-chefe, mas, às vezes, já fica em segundo plano. No Brasil, com a recente atenção da televisão aberta, pode ser chamado de fenômeno.

"Deixo de fazer algumas coisas, saio mais cedo de encontros de família, de churrascos, para só para assistir UFC", conta o fã do russo Fedor Emelianenko e do americano Dan Henderson.

"Não esperava tanto [crescimento]. Muita gente falava mal e hoje acompanha junto", acrescenta.

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Em janeiro e em julho deste ano, no Rio e em Belo Horizonte, no entanto, o auxiliar de escritório finalmente realizou o sonho de ver o octógono mais famoso do mundo de pertinho. A próxima viagem, para o evento deste sábado, também já está programada. E, por isso, boa parte do salário do mês, comprometida.

"Entre passagem aérea, ingresso de cadeira não numerada, alimentação e duas diárias de hotel, devo gastar por volta de R$ 850", conta Cristian.

O valor é superior, por exemplo, ao seu plano anual de sócio coxa-branca. "Mas não tem preço poder ver ao vivo um nocaute espetacular como o do Edson Barboza", emenda, citando o favorito ao prêmio de melhor nocaute do ano.

A entrada mais em conta para o UFC 153 custa R$ 137,50. Já a mais cara, sai por nada menos do que R$ 1.800. Valores nada modestos para um fenômeno de público, que em breve deve lotar um estádio de futebol no país.

"Para mim vai ser um momento de empolgação, único, de arrepiar", antecipa o auxiliar administrativo Aristeu Magalhães, 25, amigo de Cristian, que irá pela primeira vez ao torneio neste sábado.

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