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Kimi Raikkonen perde espaço na escuderia italiana. | Max Rossi/Reuters
Kimi Raikkonen perde espaço na escuderia italiana.| Foto: Max Rossi/Reuters

Não tem a importância decisiva que muitos acreditam, mas, sem dúvida, pode ajudar Felipe Massa a ser campeão da Fórmula 1: o diretor-esportivo da Ferrari, Stefano Domenicali, afirmou ontem que os interesses da equipe estão acima dos interesses pessoais e que, diante da situação do campeonato, o piloto finlandês Kimi Raikkonen poderá colaborar com o brasileiro na conquista do título.

"Kimi dará tudo de si, será agressivo e, se possível, vai considerar o fato de Felipe estar mais próximo que ele do líder", disse o dirigente da Ferrari. Atualmente, depois de 14 etapas disputadas, a liderança do campeonato é do inglês Lewis Hamilton (McLaren), com 78 pontos, apenas um a mais do que Massa. Enquanto isso, Raikkonen é o quarto colocado, com 57 pontos, atrás também do polonês Robert Kubica (BMW), que tem 64. E ainda restam quatro provas para o final da temporada: Cingapura, Japão, China e Brasil.

A declaração de Stefano Domenicali, porém, não significa que já na próxima etapa, o GP de Cingapura, no dia 28 de setembro, Raikkonen estará à disposição de Massa com o objetivo de servi-lo. Pelo contrário: cada piloto fará o seu trabalho rotineiro. Se a colocação dos dois na pista permitir, dependendo ainda da classificação de Hamilton, a Ferrari pode pensar no eventual favorecimento ao brasileiro durante a corrida.

O exemplo do GP do Brasil do ano passado reflete com precisão a política da Ferrari: em Interlagos, Massa reduziu o ritmo para que fosse ultrapassado por Raikkonen na operação de pit stop. Assim, com a vitória na corrida, o finlandês foi o campeão mundial. "Até o momento na temporada, nenhum dos nossos pilotos tirou ponto do outro, mas agora há a situação do campeonato e do calendário", argumentou Domenicali.

Regularmente, a imprensa questiona Massa sobre sua opinião a respeito de ser auxiliado por Raikkonen nesta reta final da temporada. "Eu não tenho de me preocupar com isso. Quem deve responder é a equipe, não eu. Venho para as provas pensando em vencer Hamilton, hoje meu adversário na luta pelo título", afirmou o brasileiro. "Se não fosse assim, eu não poderia nem mesmo ser piloto da Ferrari."

Bronca

O fim 0de semana em Monza, na disputa do GP da Itália, foi de elevado desgaste para Hamilton. Ele deu show no asfalto molhado, mas seu comportamento agressivo demais lhe deu ainda mais inimizades na Fórmula 1. O mais irritado com o inglês da McLaren era o alemão Timo Glock, da Toyota.

Na 15ª volta, ao ser ultrapassado na curva Grande, contornada a cerca de 280 km/h, Glock quase foi posto para fora por Hamilton. Chegou a colocar as rodas esquerdas na grama. "Deixei espaço suficiente e ele me empurrou. Da próxima vez, vou agir da mesma forma", ameaçou.

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