Ferreira versão Atlético no Rio

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Em dúvida quanto ao esquema a ser utilizado amanhã frente ao Flamengo – se o normalmente adotado 3–5–2 ou o 4–4–2 –, uma coisa é certa para o técnico Ney Franco: no Furacão, não existe o Ferreira da "seleção colombiana". Portanto, para o treinador não será problema se o baixinho acabar deslocado para o meio-de-campo caso ele opte pelo alteração tática.

Situação que, pelo menos na prática, não vem sendo comprovada. Deslocado para o ataque (no 3–5–2) pelo próprio Ney Franco, Ferreira vem sendo decisivo. Marcou gols importantes (diante do Vasco, América, Grêmio e Cruzeiro) e deu assistências decisivas (frente ao Paraná e o Botafogo) em vitórias do Rubro-Negro.

Já no meio, como atua na seleção de seu país, seu desempenho é bem mais discreto. Pelo Furacão, recentemente, voltou ao setor durante os empates com o Corinthians e o Sport, e poucas jogadas saíram de seus pés.

E nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, Ferreira tem sido criticado. Tanto que, nos quatro jogos da Colômbia, foi substituído em três (Brasil, Bolívia e Argentina) e ficou de fora diante da Venezuela. A bem da verdade, cumprindo função mais recuada que já fez no Atlético na meia.

Mesmo assim, para aproveitar Alex Mineiro desde o começo do jogo ao lado de Marcelo Ramos, bloquear os laterais do Flamengo e confiando no futebol de Ferreira, Ney Franco não teme mexer no time deixando-o com dois zagueiros, dois meias e dois atacantes.

"Com o retorno do Alex ganhamos outra alternativa. E a formação do Ferreira é de jogador de meio-de-campo. Ele não tem dificuldade nenhuma no setor. E se assim for, teremos quatro jogadores talentosos juntos, com mais o Netinho e o Marcelo Ramos", argumentou.

Da mesma forma, o atleta diz sentir-se à vontade nas duas formações. Além do mais, "quem manda é ele", comentou Ferreira, referindo-se ao treinador. "Ainda não sei como vou jogar. Mas farei o melhor em qualquer situação. O Ney me conhece bem e sabe nas posições que eu posso jogar. Vou esperar o dia do jogo", completou.