Só ficou faltando o título. Foi com essa sensação que os mais de 1.500 torcedores do Santa Quitéria deixaram o Estádio Maurício Fruet, no sábado. É verdade que a perda do título na prorrogação para o Olimpique, em casa, frustrou um pouco. No entanto, a decepção dos "amarelos" é bem menor se comparada à volta da dignidade da comunidade, que após sete anos sem ter um time local para torcer, se esforçou para reerguer o Quitéria.
Desentendimentos e trocas seguidas diretorias que não queriam o futebol no clube fizeram com que o tradicional time amador de Curitiba ficasse ausente das competições oficiais. Retornou neste ano e, com o vice-campeonato na Primeira Divisão, garantiu vaga na Divisão Especial. Voltará a duelar com os grandes Vila Fanny, Combate Barreirinha e Capão Raso, entre outros.
"Para mim o Santa Quitéria não é só um time, é uma religião. Eu deixo de assistir ao jogos do Paraná para acompanhar de perto o Quitéria. O nosso bairro voltou a ter motivos para sorrir", afirmou Carlos Renato Mehl. "O Santa tinha morrido e agora ressuscitou das cinzas. Temos que comemorar", completou Adão Ruiz, se encaminhando ao bar do Maurício Fruet, onde a festa pelo vice-campeonato estava apenas começando.
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