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Mario Theissen (à esq.), diretor esportivo da BMW: mudanças no WTCC agradaram equipe alemã | Roland Weihrauch / AFP
Mario Theissen (à esq.), diretor esportivo da BMW: mudanças no WTCC agradaram equipe alemã| Foto: Roland Weihrauch / AFP
  • Augusto Farfus aguarda definição do futuro, que está entre WTCC e ALMS

A possibilidade da BMWdeixar de participar do Campeonato Mundial de Carros de Turismo (WTCC) em 2009 parece ter sensibilizado a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A entidade divulgou mudanças no sistema de lastro da categoria para a próxima temporada, visando dar maior equilíbrio entre os carros. Quem ganha com isso é a equipe alemã, que viu a espanhola Seat dominar com alguma vantagem durante este ano.

Com um motor turbo diesel, a Seat venceu o campeonato de Pilotos (com o francês Yvan Muller) e do de Construtores, quebrando a hegemonia da BMW. Ao invés de também aderir aos propulsores a diesel, a equipe alemã pediu alterações no regulamento, caso contrário, deixaria o WTCC por não ver condições iguais entre os times. A partir do próximo ano, um novo sistema de lastro pode satisfazer o pedido dos alemães.

No novo sistema de Compensação de Peso, os comissários do WTCC levarão em conta os melhores tempos dos dois pilotos mais rápidos de cada equipe (Seat, BMW, Honda, Chevrolet, Lada e Independentes), e uma média será feita pela organização. Se um modelo levar uma vantagem de até 0.3 segundos, nenhum carro deste time levará lastro. Já se a vantagem for maior do que 0.3 segundos em relação aos demais, o modelo mais rápido levará 10 kg de acordo com cada 0.1 segundo de vantagem acima dos 0.3 iniciais. O lastro máximo definido foi de 60 kg.

Já entre os modelos mais lentos, 10 kg serão reduzidos a cada 0.1 segundo, se a desvantagem superar os 0.3 segundos. Um exemplo prático: se um carro andar 0.5 segundos mais rápido do que os demais, ele levará 20 kg de lastro, e os demais terão 20 kg diminuídos do seu peso inicial. A fórmula nova, apesar de um tanto complicada e calcada nos tempos feitos em cada pista, vai tentar igualar diferenças de construção, tração e motorização dos carros, abrindo espaço, na opinião da FIA, para que a combinação melhor carro/piloto/equipe prevaleça ao final.

O novo sistema entra em vigor a partir da terceira corrida, no dia 3 de maio, na estréia do Marrocos no calendário do WTCC. A organização levará em conta os tempos obtidos pelos pilotos em Curitiba (8 de março) e Puebla-MEX (22 de março), e os resultados das três corridas prévias vai valer para a prova seguinte.

O novo sistema substitui o Lastro do Sucesso, que levava em conta apenas os resultados da corrida anterior, aumentando o peso dos carros de acordo com as colocações da prova prévia. A BMW, por intermédio do seu diretor esportivo, Mario Theissen, não escondeu a sua satisfação com as mudanças.

"Carros de turismo são, tradicionalmente, muito importante para a BMW. Estou satisfeito com o compromisso feito para o regulamento de 2009. Isto vai equilibrar os motores diferentes e vai permitir uma competição justa e igual entre as equipes. Estamos determinados a retornar ao topo do WTCC no próximo ano", disse Theissen, em entrevista ao site oficial da equipe alemã.

Os pilotos para o próximo ano serão anunciados nos próximos dias, e são boas as chances do curitibano Augusto Farfus Júnior seguir no time, dentro do WTCC. Outra possibilidade é Farfus integrar a equipe da BMW que correrá na American Le Mans Series (ALMS), marcando o retorno da BMW à categoria. "Estamos voltando com o novo BMW M3. Nosso compromisso nas duas categorias de turismo é demonstrar as propriedades esportivas dos nossos carros ao grande público", finalizou Theissen.

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