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Nem jogar fora de casa salvou o Atlético de mais uma derrota no Brasileiro. Ao perder por 2 a 1 para o fraco São Caetano, ontem, o Rubro-Negro mostrou que não é apenas a pressão de atuar na Arena o problema da equipe.

Pode não ser o técnico também. Mas o fato é que Givanildo Oliveira ficou numa situação mais delicada ainda. Ainda mais porque o time volta a jogar em seu estádio no sábado e o freqüente coro de "Fora, Givanildo!" não deixa dúvidas de que a torcida não vê com bons olhos a insistência da diretoria em mantê-lo no comando.

O treinador até armou bem o Atlético para a partida de ontem. O problema é que não adianta muita coisa controlar a posse de bola e parecer um time consistente se não for eficiente nas extremidades. E o Furacão, além de perder gols incríveis, voltou a falhar na defesa.

Quando a fase é ruim, até o maior ídolo da torcida em campo, o colombiano Ferreira, perde duas chances incríveis na cara do gol – outra foi desperdiçada pelo conterrâneo Herrera. Já o adversário, em um lance todo esquisito, consegue abrir o placar.

Aos 29 minutos, Anderson Lima bateu falta da esquerda e, após o desvio na primeira trave, o goleiro Cléber, atrapalhado pelo zagueiro Paulo André, jogou a bola na cabeça de Fabiano Gadelha. Ao contrário dos adversários, o atacante não desperdiçou a primeira chance real do Azulão na partida.

Givanildo era a imagem da indignação à beira do gramado, como se pensasse "fiz tudo certo, mas deu tudo errado". Ao final do primeiro tempo ele só pôde lamentar: "Vem acontecendo há um certo tempo. A gente treina, trabalha, mas a bola não entra. E tomamos outro gol de bola parada, na única chance que tiveram."

Mal sabia ele que o pior ainda estava por vir. Na segunda etapa o Atlético perdeu força ofensiva e sequer conseguiu criar boas oportunidades. Para piorar, tomou o segundo gol logo aos oito minutos. Em outra falha de posicionamento da defesa, Leandro Lima pegou um rebote sozinho e acertou um belo chute de fora da área para fazer 2 a 0.

Não fosse por uma falha grotesca do goleiro Luiz, teria sido esse o placar final no Anacleto Campanella. Mas o camisa 1 do Azulão, que havia feito excelentes defesas no primeiro tempo, deixou a bola escapar para dentro da rede num chute despretensioso de Alan Bahia, aos 29 minutos.

Mesmo com Jancarlos expulso em seguida, o Atlético esboçou uma pressão. Dênis Marques voltou ao time depois de longo tempo para arriscar de fora da área e obrigar Luiz a se redimir. No fim, o empate não veio e o time se complicou na tabela. Se Grêmio e Botafogo ganharem hoje, jogam o Rubro-Negro na zona de rebaixamento.

Em S. Caetano do Sul

São Caetano 2Luiz; Anderson Lima, Gustavo, Thiago e Triguinho; Zé Luís, Mussamba, Leandro Lima (Wellington Amorim) e Élton (Preto); Fabiano Gadelha e Fábio Luís (Marcelinho).Técnico: Nelsinho Baptista.

Atlético 1 Cléber; Danilo (Fabrício), Paulo André e Alex; Jancarlos, Erandir, Alan Bahia, Evandro e Ivan; Ferreira (Dênis Marques) e Herrera (Jônatas).Técnico: Givanildo Oliveira.

Estádio: Anacleto Campanella. Horário: 21h45 Árbitro: Lourival Dias Lima Filho (BA). Gols: Fabiano Gadelha (SC) aos 29 do 1.º tempo. Leandro Lima (SC) aos 8 e Alan Bahia (A) aos 29 do 2.º tempo. Amarelos: Anderson Lima, Mussamba, Gustavo, Preto, Zé Luís (SC); Jancarlos, Erandir, Alex, Evandro (A). Vermelho: Jancarlos (A). Público pagante: 353. Renda: R$ 2.700,00.

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