O comitê formado pela Fifa para organizar e supervisionar as eleições presidenciais aprovou e oficializou nesta segunda-feira (9) em Zurique, as quatro candidaturas que se enfrentarão no dia 29 de maio. Em busca do quinto mandato consecutivo, o suíço Joseph Blatter terá a concorrência do príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, do português Luís Figo e do holandês Michael van Praag.
Para serem oficializados como candidatos, cada um precisou ter seu nome submetido a uma investigação realizada pelo Comitê de Ética da Fifa, considerada independente, seguindo as exigências do Regulamento Eleitoral da entidade. Somente após a aprovação os candidatos foram liberados pelo Comitê Eleitoral.
Antes da decisão, dois membros se afastaram do comitê para evitar possível conflito no processo de aprovação, por terem a mesma nacionalidade de alguns dos candidatos. Foram Domenico Scala, que é italiano e suíço, e Claudio Sulser, que tem nacionalidade suíça. A sul-africana Sindi Mabaso Koyana e Lim Kia Tong, de Cingapura, substituíram a dupla.
Presidente da Fifa desde 1998, em substituição ao brasileiro João Havelange, Joseph Blatter terá como principal oponente Michael van Praag, presidente da Federação Holandesa de Futebol. O dirigente já fez ataques públicos ao rival suíço e deve contar com o maior apoio da Europa, continente que está longe de apoiar o atual presidente da Fifa. Ele declarou recentemente que conta com o suporte das federações da Bélgica, Ilhas Faroe, Romênia, Escócia e Suécia.
A maior surpresa desta eleição é Luís Figo. O ex-jogador da seleção portuguesa, do Real Madrid e do Barcelona, tem apenas 42 anos e ainda tenta iniciar uma carreira como dirigente esportivo. Na eleição, ele dará um salto nesta busca. Para tanto revelou ter o apoio das entidades que lideram o futebol da Dinamarca, Luxemburgo, Macedônia, Montenegro e Polônia.
Outro jovem candidato é o príncipe Ali Bin Al Hussein. Um dos vice-presidentes da Fifa, o jordaniano diz contar com o suporte da Inglaterra e dos Estados Unidos. Apesar da origem asiática, ele deve ter ainda o apoio de diversas entidades europeias.
O processo eleitoral poderia ter cinco candidatos neste ano. Mas o francês Jérôme Champagne foi obrigado a se retirar do processo por não ter conseguido o apoio de cinco federações entre as 209 que fazem parte da Fifa. Essa é a regra estabelecida para que se possa se tornar um candidato ao pleito presidencial.