A Fifa descartou a possibilidade de mudar o período de realização da Copa do Mundo de 2022, apesar dos temores de que os efeitos do calor no Catar representem um sério risco à saúde. Secretário-geral da entidade, Jerome Valcke disse nesta segunda-feira (6) que ele aceita que "as preocupações sobre o calor são legítimas", mas que a intenção é não mudar os planos originais.

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"Alguns, como Franz Beckenbauer, disseram este fim de semana que devemos mudar o calendário e colocar a Copa do Mundo no período de inverno", disse Valcke. "Mas o convite à apresentação de propostas foi para jogar esta Copa do Mundo, em junho, e é assim que foi feito e os países responderam".

Antes da votação das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, o relatório técnico da Fifa, alertava que o calor do Catar era um "risco potencial para saúde" com médias de 41ºC no verão. Valcke crê que o calor não será um problema, já que o Catar tem recursos financeiros para garantir a instalação de sistema de ar-condicionado em estádios e centros de treinamentos.

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O Catar se comprometeu a investir US$ 42,9 bilhões para melhorar a infraestrutura do país e US$ 4 bilhões para construir nove estádios e reformar os outros três. Todos os estádios teriam um sistema para manter a temperatura em torno de 27ºC. "Os jogadores vão estar em condições, nos treinos e nos estádios, que são normais", afirmou.

Valcke defendeu a decisão de favorecer novos países em detrimento de redutos tradicionais do futebol como Inglaterra e Espanha. "O Oriente Médio também faz parte da família do futebol e por quê não deveria ir até eles? Algumas pessoas dizem que estas são decisões corajosas, outros dizem que as decisões são baseadas no princípio da petrodólares", disse Valcke.