A Associação Mundial de Jornais (AMJ) e uma aliança entre as principais agências de notícias do mundo expressaram nesta quinta-feira seu descontentamento com a decisão da FIFA de encerrar as discussões sobre as severas restrições impostas à cobertura da imprensa da Copa do Mundo da Alemanha.

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Os representantes das agências e da AMJ pretendem agora estudar suas opções legais, informar os patrocinadores da Copa da perda de exposição que eles terão com as restrições e alertar políticos alemães e europeus sobre o que eles consideram uma violação do livre acesso à informação.

A FIFA decretou originalmente que a publicação de fotos na internet só estaria liberada duas horas após o término das partidas. Após o início das negociações, o período de tempo foi diminuindo e a entidade já permite a publicação de fotos logo após o apito final - mas nunca durante as partidas. Existe ainda uma limitação na quantidade de fotos: apenas cinco por cada tempo de jogo e mais duas de uma eventual prorrogação ou cobrança de pênaltis podem ser publicadas em sites.

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"As restrições constituem tanto interferência na liberdade editorial e independência como uma clara invasão no direito de liberdade de informação", escreveram a AMJ e as agências em uma carta ao presidente da FIFA, Joseph Blatter.

A AMJ está negociando com a FIFA desde setembro do ano passado para tentar remover as restrições. Um grupo de trabalho foi criado para discutir o assunto, mas poucos dias depois do encontro, a FIFA enviou uma versão final das condições de publicação, que ignoram as principais reclamações dos órgãos de imprensa.

"Estamos realmente tristes e chocados que em nome da exploração comercial do evento, a FIFA virou as costas para a imprensa", disse ainda a carta enviada a Blatter.

A FIFA alega que precisa do atraso na publicação e do limite de fotos para proteger seus contratos comerciais, mas a AMJ argumenta que as restrições são desnecessárias, já que a cobertura de internet não ameaça as redes de televisão.

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