A Fifa modificará seu sistema de vendas de ingressos para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil após erros cometidos na África do Sul, disse nesta quinta-feira (20) o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke.

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Ele já havia admitido que o sistema de ingressos baseado em vendas na Internet não era conveniente para a África do Sul, onde a população pobre fã de futebol não tem acesso à Internet ou contas em bancos.

No mês passado, os organizadores tardiamente lançaram vendas em bilheterias, o que causou uma corrida por ingressos e alimentou a euforia com o torneio no país anfitrião.

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"Eu já havia dito que o sistema que havíamos adotado não era perfeito para a África do Sul e para a África", disse Valcke em almoço com jornalistas.

"Para o Brasil eu digo que teremos que repensar e trabalharemos em todas as políticas de ingressos do zero para 2014 porque eu concordo que pode ser que enfrentemos o mesmo tipo de situação da África do Sul no Brasil."

O ministro do Turismo sul-africano, Marthinus van Schalkwyk, classificou nessa semana a venda de ingressos na Internet como um "grande erro" para a África. Ele também declarou que os preços dos tíquetes estavam alto demais.

Valcke reconheceu ser decepcionante que poucos torcedores de outras partes do continente viajariam à primeira Copa do Mundo na África--cerca de 40 mil dos 2,86 milhões de assentos disponíveis.

Perguntado sobre a prisão de um membro da al Qaeda no Iraque que supostamente estaria planejando ataques na Copa do Mundo, Valcke disse que nenhum alerta foi recebido sobre potenciais ameaças terroristas.

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Ele negou informações da imprensa de que a Fifa e serviços de inteligência internacionais estariam preocupados sobre a capacidade da África do Sul em lidar com tais ameaças.