Genebra, Suíça (AE) A Fifa quer que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informe a entidade máxima do futebol quanto às investigações em relação ao escândalo envolvendo o juiz Edílson Pereira Carvalho, que também é árbitro da Fifa.
A entidade, com sede na Suíça, ainda espera que a CBF envie os resultados da investigação e que o processo seja conduzido tendo em conta o Código de Ética da própria Fifa, criado no ano passado. A Federação afirmou que irá esperar os relatórios do Brasil para anunciar eventuais medidas em relação ao árbitro.
Até o final da tarde de ontem, a Fifa, ainda que admita estar acompanhando o caso de Edílson Pereira Carvalho, contou que não recebeu qualquer comunicação oficial da CBF sobre as prisões ou medidas que estão sendo tomadas no Brasil.
A Fifa admite que não fará uma investigação própria sobre o caso do juiz brasileiro, mas deixou claro que se Edilson Pereira Carvalho perder seu registro como árbitro no país, também será excluído de todas as partidas internacionais. "Se qualquer federação nacional formalmente suspender um árbitro e se isso for informado à Fifa, então não selecionaremos esse árbitro para nenhuma partida internacional", explicou a Fifa.
A entidade ainda revelou que o tema da corrupção entre os árbitros será também tratado nos próximos meses em Zurique. Há poucas semanas, a entidade criou um grupo de especialistas para estudar os problemas envolvendo o futebol, entre eles a corrupção. A entidade não disse se o caso brasileiro será foco especial de atenção do grupo em suas primeiras reuniões, mas certamente será citado como mais um exemplo das ameaças que rondam a organização do esporte.
Outro tema que será citado nesse mesmo grupo será a compra de vários clubes de futebol por um só empresário, como começa a ocorrer com os milionários russos.
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