A Fifa pode reintroduzir o "gol de ouro" para decidir partidas que forem para a prorrogação na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O presidente da entidade, Joseph Blatter, disse nesta quarta-feira, que estuda outras possíveis mudanças com a intenção de melhorar a qualidade das partidas no Mundial, como acabar com a prorrogação e alterar a pontuação dada para vitórias e empates na fase de grupos. Com a regra do "gol de ouro", a equipe que primeiro fizer um gol na prorrogação vence a partida.
"A força-tarefa visa fazer um balanço da organização do esporte e das competições. Dou alguns exemplos: atribuímos três pontos para a vitória e um ponto para o empate. Podemos questionar para saber se isso é uma coisa boa, podemos discutir a respeito. A prorrogação é a única saída em caso de empate? E se houver prorrogação, como terminar a partida? O gol de ouro é uma opção que deve ser reavaliada? Uns gostavam, outros não. Há diversos aspectos das competições que podem ser discutidos", afirmou, em entrevista ao site oficial da Fifa.
Possíveis alterações serão recomendadas por um grupo de trabalho montado pela Fifa chamado "Força-Tarefa Futebol 2014". O Comitê Executivo da Fifa criou o painel em outubro, para ajudar a garantir uma "mais atraente" Copa do Mundo no Brasil após a qualidade decepcionante do futebol na África do Sul.
Na Copa de 2010, sete das 64 partidas terminaram empatadas em 0 a 0, incluindo seis da fase de grupos. Em 16 jogos do mata-mata, quatro não foram definidos nos 90 minutos, incluindo a final, decidida apenas na prorrogação, vencida pela Espanha por 1 a 0 contra a Holanda. A regra do "gol de ouro" foi aprovada em 1993 e foi utilizada nas Copas do Mundo de 1998 e de 2002. Mas foi abolida em 2004, porque muitas equipes optaram por apenas se defender na prorrogação e levar a definição para a disputa de pênaltis.
A arbitragem, alvo de críticas no Mundial da África do Sul, será profissional na Copa do Mundo de 2014, prometeu Blatter. "O objetivo é claro: em 2014 só árbitros profissionais apitarão na Copa do Mundo. É uma obrigação. Os treinadores são profissionais os jogadores são profissionais, não existe razão para que os árbitros não o sejam. E se alguns disserem que não há dinheiro suficiente para remunerá-los, eu responderia que há dinheiro suficiente nos campeonatos profissionais", disse.
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