A Fifa realizará atos de combate ao racismo no mundo do futebol antes das semifinais da Copa das Confederações, que acontecem quarta e quinta na África do Sul.
Espanha e Estados Unidos decidem o primeiro finalista na quarta-feira no estádio Free State, em Bloemfontein. Já o Brasil encara a anfitriã África do Sul no dia seguinte, no estádio Ellis Park de Johanesburgo.
As equipes tirarão uma foto juntas com uma faixa na qual estará escrito "Diga não ao racismo", e os capitães lerão uma declaração para pedir a todos que acabem com esta prática tanto no futebol como na sociedade em geral.
"O futebol é um reflexo da sociedade e nosso esporte se vê ofuscado por problemas como o racismo. Dizemos não ao racismo e, ao mesmo tempo, sim a valores básicos do jogo como solidariedade, respeito e tolerância. O racismo não tem lugar no futebol", comentou o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa.
Esta será a oitava edição do chamado "Dia contra a discriminação", promovido pelo organismo. A primeira foi em 7 de julho de 2002, um ano depois de a medida ser adotada após um congresso em Buenos Aires.
"Aceitei o desafio de me unir à Fifa para formar uma frente comum contra a discriminação racial, como sul-africano e como alguém que luta pela liberdade no mundo todo. Esta iniciativa não resolverá o problema geral, mas é uma mensagem clara", comentou Tokyo Sexwale, ministro da Habitação da África do Sul.
Ele também é ativista pró-direitos humanos e membro da Comissão de Esportividade e Responsabilidade Social da Fifa.
Quem também apoiou a iniciativa foi o ex-jogador inglês Paul Elliott, hoje embaixador da organização Fare (Futebol Contra o Racismo na Europa, em inglês).
Para ele, iniciativas como esta trouxeram avanços, mas seria preciso "uma política de tolerância zero e um sentimento de responsabilidade coletiva entre todos os envolvidos".
"O futebol pode ser um instrumento poderoso para unir as pessoas e estes dias contra a discriminação são uma maneira de estabelecer uma base sólida para avançarmos", completou.
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