O Mundial de Clubes da Fifa será a primeira competição oficial a contar com a ajuda eletrônica (sensores, câmeras e relógios) em lances polêmicos mais precisamente, naqueles em que não fica claro se a bola atravessou completamente a linha do gol. A estreia da tecnologia será no jogo entre Sanfrecce Hiroshima-JAP e Auckland City-NZE, hoje, às 8h45 (de Brasília), no Estádio de Yokohoma.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, comparou a implementação do recurso a uma "revolução" no futebol. "Será um grande dia. Amanhã [hoje] será a primeira vez que a tecnologia da linha do gol é oficialmente usada em um jogo. Os testes terminaram e a introdução gradual da tecnologia foi bem-sucedida", ressaltou.
A Fifa quer acabar definitivamente com as confusões. Há lances que são emblemáticos, como o ocorrido nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2010, entre Alemanha e Inglaterra, quando o juiz não viu a bola chutada pelo meia britânico Lampard quicar dentro do gol após bater no travessão. A partir desse lance, a entidade intensificou de vez a busca por soluções tecnólogicas.
Do ponto de vista da arbitragem, o novo recurso vai ser extremamente útil, sem atrapalhar a atuação do trio de apitadores. "Vai ajudar muito os árbitros porque vai ser rápido e não será preciso parar o lance para ver se foi [gol] ou não. Não são muitos casos que acontecem, mas pode definir resultados em grandes competições", opinou o ex-auxiliar paranaense Roberto Braatz, recém-aposentado e que fazia parte do quadro da Fifa.
Sem a preocupação de ficar de olho na linha de gol, o árbitro e os assistentes poderão ficar mais atentos a lances paralelos. "Com essa tranquilidade de deixar o gol de lado, o trio pode se concentrar em outras ações. Então terá mais facilidade para indicar impedimentos, faltas e outras situações", completou Braatz.
Serão utilizadas duas tecnologias distintas no Mundial. A tecnologia GoalRef estará presente no jogo de estreia. São dez sensores colocados nas traves e os mesmos permitirão que avisos sonoros sejam emitidos ao árbitro no caso de a bola atravessar a linha do gol. Já o recurso chamado de Hawk-Eye será testado em Toyota, outra sede da competição, e funciona nos moldes do já implementado no tênis profissional, com o uso de câmeras de alta velocidade e sensores de monitoração da bola.
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