Os quatro campeões mundiais presentes, desde o início favoritos ao título da Copa das Confederações, estão nas semifinais. Mas correm o risco de disputar os jogos mais esperados com incômodos clarões nas arquibancadas.
A Fifa divulgou, domingo (23), um balanço da retirada de ingressos para a etapa eliminatória, a final e a disputa de terceiro lugar. Ao todo, 37.657 bilhetes não foram retirados. Uma surpresa para a própria entidade, que não vê precedentes nos seus torneios desse desinteresse.
"Os números são considerados bastante altos, algo que não aconteceu nos eventos anteriores. Não sabemos o motivo dos atrasos, já que, em média, cerca de 73% dos compradores são moradores locais e poderiam ter se antecipado", informou a Fifa, em resposta a questionamentos da Gazeta do Povo sobre o encalhe nas bilheterias. A entidade, no entanto, diz estar satisfeita com a presença nas praças esportivas.
A final, domingo, no Maracanã, é a com maior volume de encalhe: são 14.306 ingressos vendidos ainda à espera dos donos. Para a semifinal Espanha x Itália, quinta-feira, no Castelão, o encalhe é de 8.466. Brasil x Uruguai, quarta-feira, em Belo Horizonte, está com 7.055 bilhetes parados. Para a decisão de terceiro lugar, domingo, na Fonte Nova, são 7.830.
A Copa das Confederações fechou a primeira fase com 80% de ocupação média nos estádios. Mesmo que todos os ingressos ainda parados sejam retirados, o índice subirá para 81%.
Brasil 4 x 2 Itália, sábado, em Salvador, foi o único com lotação máxima. Por outro lado, o Taiti fez duas partidas com menos da metade dos lugares ocupados (32% contra a Nigéria; 47% diante dos uruguaios).
A seleção da Oceania protagonizou situações pitorescas. Em Minas, a Fifa distribuiu 15 mil ingressos entre estudantes e funcionários públicos para Taiti x Nigéria. No Recife, jogadores taitianos e uruguaios deram bilhetes a torcedores na porta do hotel.
Ao longo da primeira fase, houve dificuldade na retirada de ingressos. Rio, Brasília e Recife apresentaram filas com espera superior a três horas. Agora, segundo a Fifa, o sistema está funcionando com eficiência.