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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, anunciou nesta quarta-feira, na Cidade do Cabo, que o atacante Thierry Henry será investigado pelo toque de mão no gol que classificou a França para a Copa do Mundo. O caso será entregue à comissão disciplinar da entidade que comanda o futebol.

Na segunda partida das repescagens europeias, quando a Irlanda vencia a França por 1 a 0, dia 18 de novembro em Paris, os donos da casa empataram o jogo num lance que ainda rende muita polêmica. Henry, na linha de fundo, ajeitou a bola com o braço esquerdo, dominou e rolou para Gallas estufar a rede. O resultado eliminou os irlandeses. Chegou-se a cogitar a anulação do duelo ou até mesmo a inclusão da Irlanda como uma 33ª seleção na Copa do Mundo.

"A comissão disciplinar irá investigar Thierry Henry. É preciso analisar se foi uma conduta flagrantemente antidesportiva", disse Blatter, numa conferência de imprensa logo após reunião do Comitê Executivo.

O presidente da Fifa aproveitou a ocasião e, às vésperas do sorteio dos grupos da Copa do Mundo, usou o tema da mão de Henry para pedir lealdade no Mundial da África do Sul em 2010.

"Faço um pedido para que todos defendam o jogo limpo. Futebol não é só uma bola. É um valor social de educação. Temos de defender o que é certo".

No dia em que a França acabou ficando fora do grupo dos cabeças de chave da Copa, a cúpula da Fifa voltou a insistir que o fato não tem qualquer relação com a polêmica do gol que levou o time francês à classificação.

"O jogo França e Irlanda não foi colocado em discussão na hora de definir os cabeças de chave. Usamos o critério (ranking) que melhor representa o momento", interrompeu o secretário-geral Jérôme Valck.

Blatter também voltou a falar sobre o pedido da Irlanda para ser a 33ª seleção na Copa. Na segunda-feira, em Joanesburgo, ele deu uma entrevista que deu a entender que poderia analisar o caso. Agora, pediu desculpa por ter gerado um mal-entendido.

"Quero me desculpar pela interpretação que alguns tiveram. Levaram a sério e as manchetes rodaram o mundo", completou o presidente da Fifa.

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