Enquanto abre portas, o sobrenome famoso também pode fechá-las. Ainda mais quando se trata do parentesco com dois dos técnicos mais vitoriosos do mundo. Paulo Zagallo e Renê Santana, filhos de Zagallo e Telê Santana, sabem bem o que é isso. Treinadores como os pais, os dois acabam de perder seus empregos em clubes pequenos: Guarany de Sobral, do Ceará, e Vilavelhense, do Espírito Santo.
Zagallinho ficou cinco jogos no comando do Guarany, lanterna do Campeonato Cearense. Foram quatro derrotas e um empate. Já Renê não fez melhor no Vilavelhense, que divide a última colocação do Grupo A do Capixaba com o Cachoeiro: três partidas e três derrotas.
'Nem o Zagallo faria melhor'
Para contratar Zagallinho, o Guarany procurou primeiro Zagallo por recomendação do presidente da Federação Cearense, Mário Degésio. Com o aval do braço-direito de Parreira, o clube acertou com seu filho, que só havia dirigido o Madureira (2004) e o time B do Botafogo (2002) no futebol profissional.
- Nossa diretoria assumiu agora, depois de um grupo que ficou 23 anos no poder sem dar alegrias à torcida, e achamos que a chegada do Zagallinho seria um impacto grande. Tínhamos a intenção de trazer o Zagallo aqui, mas não foi possível - disse o diretor Francisco Ermenegildo.
Segundo o dirigente, Zagallinho estava fazendo um bom trabalho e só saiu por pressão da torcida. Após a goleada por 5 a 0 para o Ceará, a situação do treinador ficou complicada. Bastou mais uma derrota, para o Icasa, para o técnico cair. Ermenegildo diz que o clube estava sendo perseguido pela arbitragem e que o elenco ainda não estava completo, o que prejudicou Zagallinho.
- Nem se o Zagallo ou Parreira estivessem aqui eles dariam jeito - brinca.
'Renê nunca será o Telê'
Com um projeto ambicioso de ser campeão capixaba e chegar à Série B do Brasileiro em no máximo dez anos, o Vilavelhense apostou em Renê Santana para começar em 2006 a campanha vitoriosa. Mas o trabalho durou apenas quatro jogos: três derrotas no Estadual e mais uma em um amistoso.
Pesou mais para a contratação de Renê o fato de ele ter sido auxiliar do pai nas Copas do Mundo de 1982 e 1986 do que os títulos nas divisões inferiores de Minas Gerais com Mamoré e Atlético Patrocinense.
- Claro que ser filho do Telê ajudou para ele ser contratado, mas o Renê é bom técnico. Infelizmente os jogadores não entenderam o que ele queria - disse o diretor Cesar Melim, lembrando que é impossível comparar pai e filho: - O Renê nunca será o Telê, claro. Na idade do Renê, o Telê já era um dos maiores do Brasil.
Acordos com governo e oposição dão favoritismo a Alcolumbre e Motta nas eleições no Congresso
Rússia burla sanções ao petróleo com venda de diesel e Brasil se torna 2º maior cliente
As prioridades para os novos presidentes da Câmara e do Senado
A classe média que Marilena Chauí não odeia: visitamos a Casa Marx, em São Paulo
Deixe sua opinião