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Nova Santa Bárbara – Já virou rotina. A pequena Nova Santa Bárbara, cidade do Norte do Paraná com pouco mais de quatro mil habitantes, se habitou com a presença anual de atletas africanos, que treinam durante semanas na região visando à preparação para a prova mais importante do atletismo nacional: a Corrida de São Silvestre.

Este ano, quatro corredores quenianos conviveram desde o mês passado com os moradores da cidade. Mathew Cheboi, Cosmers Kemboi, Kosgei Kennet Kiplimo e Jane Jeruto Kibii se integraram completamente à rotina da população local e nem a dificuldade na comunicação impediu a interação. Além da rotina de treinos diários, os corredores fizeram compras, passearam e participaram de eventos na cidade.

Tamanha popularidade fez com que fosse criada a Casa do Quênia, uma espécie de "república" que abriga durante o período de treinamento os atletas africanos.

Eles comandados pelo brasileiro Moacir Coquinho Marconi, que explicou que trouxe os primeiros africanos há quatro anos. "O primeiro que eu trouxe aqui identificou a região com o Quênia. Os locais de treinamento, o verde, as estradas. A partir daí isso foi aumentando. Foram comentando uns com os outros e hoje fazemos um rodízio de atletas quenianos durante o ano todo", afirmou. Somente no ano passado, 20 corredores do Quênia, Etiópia e Burundi passaram por Nova Santa Bárbara.

Mas não são somente as condições de relevo e clima que atraem os corredores africanos. O custo do treinamento é bem mais baixo do que em qualquer outra região do mundo com as mesmas características, inclusive no país de origem. Cada atleta gasta em média R$ 200 com alimentação e despesas gerais. "Sobra mais pra eles no final do treinamento", contou Marconi.

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