Pacquiao saiu machucado da luta| Foto: Gabriel Bouys/AFP

Las Vegas - O filipino Manny Pacquiao ratificou sua condição de melhor boxeador da atualidade, na madrugada de ontem, em Las Vegas, ao derrotar, por nocaute técnico aos 55 segundos do 12.º e último assalto, o porto-riquenho Miguel Cotto. Com isso, ele conquistou o cinturão dos meio-médios, versão Organiza­­ção Mundial de Boxe (OMB). É o sétimo de sua carreira, sendo o quinto em categorias diferentes – já foi campeão dos moscas, supergalos, superpenas e leves.

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Aos 30 anos, Pacquiao alcançou a 50ª vitória da carreira, sendo 38 nocautes. Ele também já perdeu três vezes e empatou outras duas. Cotto, de 29 anos, perdeu a segunda luta, acumulando ainda 34 vitórias no currículo (27 nocautes)

Pacquiao x Cotto foi um duelo épico. Daqueles que serão comentados pelos fãs de boxe para sempre. O combate foi violento desde o primeiro soar do gongo. Os dois foram para o ataque. No terceiro round, uma direita curta levou o porto-riquenho à lona. No quarto, foi uma esquerda que o acertou em cheio, derrubando-o novamente.

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Cotto tentou de tudo na luta. Nos primeiros assaltos, teve a iniciativa, mas, como não levou vantagem no combate na curta distância, passou a rodar em volta do adversário, evitando a troca de golpes e irritando o público, que chegou a vaiar. Com um preparo físico incrível, Pacquiao foi dominando a luta e tornando a cara do rival cada vez mais amassada –nariz, boca e supercílios ficaram muito machucados.

Valente, Cotto jamais se en­tre­­­gou e as trocas de golpes foram intensas e violentas. Mas, aos 55 segundos do 12.º round, o juiz Kenny Bayless encerrou o combate, depois de nova saraivada de golpes de Pacquiao.

Demonstrando respeito e esportividade, Cotto foi logo abraçar Pacquiao. "Ele mereceu a vitória", disse o porto-riquenho. "Miguel é corajoso, mas mostrei que sou o melhor. Eu lutei como um tigre furioso", afirmou o filipino.