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Vários são os motivos que fazem da etapa de Curitiba a mais importante da edição 2006 do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia para Emanuel. Quando entrar na arena montada no Parque Barigüi, hoje, além de voltar a sentir o calor de sua torcida particular, o curitibano terá dois outros objetivos fixos em mente: conquistar o título que deixou escapar em 2002, na última edição realizada na capital, e recuperar a hegemonia do vôlei de praia no país.

Emanuel é o maior vencedor do Circuito desde a sua criação, em 91, com cinco títulos. Mas há dois anos a busca do hexa com seu parceiro Ricardo (bicampeão) bate na trave, com o vice-campeonato.

Mesmo que a dupla ainda mantenha a melhor média no período, já que os campeões não foram os mesmos – em 2004 Tande/Franco, em 2005 Márcio/Fábio Luiz –, o fato de não levantar a taça incomoda os medalhistas de ouro na Olimpíada de Atenas.

"Já está na hora. Estivemos bem perto nos últimos anos, mas agora vamos entrar com tudo. Tivemos de praticamente abdicar da primeira etapa (em Joinville, a dupla ficou com o 5.º lugar) para nos dedicarmos aos treinamentos. Por isso o circuito de 2006 vai começar aqui", afirma Emanuel que há 11 anos não vence em sua cidade natal. "A última vez foi em 1995, mas faz tanto tempo que nem dá para contar", completa.

Na tentativa mais recente, em 2002, ele atuava ao lado de Tande e perdeu justamente para a dupla de seu atual parceiro, Ricardo, que na época jogava com Loiola. "Lembro que eles estavam melhores e mereceram vencer", conta.

Foi no final daquele ano que surgiu a parceria campeã olímpica, que de imediato conquistou o título brasileiro. Como os pontos da dupla para o ranking são divididos por atleta, a soma de Emanuel e Ricardo os colocou de cara no top da lista brasileira.

Aliás, quem voltar ao Parque Barigüi hoje para ver Emanuel terá uma surpresa. Ele está mais encorpado do que há três anos e perdeu um pouco daquela cara de moleque. Como 2002 foi um ano de mudanças no vôlei de praia, a partir dali os jogadores também tiveram de se readequar.

"Fiz um trabalho especial de dois anos para ganhar dois quilos de massa muscular. O tamanho da quadra havia diminuído (de 18 m x 9 m para 16 m x 8 m) e foi preciso mais força. Antes era mais na largadinha", explica.

Emanuel e Ricardo chegaram ontem a Curitiba, mas não se surpreenderão com o que encontrarem na arquibancada hoje. Desde o começo da semana o telefone do paranaense não pára de tocar.

"Já recebi ligações de vários amigos dizendo que estão se preparando para torcida. E olha que torcida também tem de se preparar. Eu que o diga, pois com a Leila virei torcedor também... e não é fácil", disse.

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