Um tem futebol cadenciado, com muito toque de bola, paciente... Outro se arma para o bote, chuta muito a gol e aposta no atrevimento do camisa 9. Assim pode se definir a final entre Espanha e Itália, a partir das 15h45, em Kiev. O jogo vale o título da Eurocopa.
Enquanto a Fúria vem para o jogo decisivo com o característico domínio das ações, a Azzurra aposta em seu poder ofensivo para levar o título.
O time de Vicente Del Bosque chegou à segunda final seguida do torneio continental com o mesmo futebol envolvente que conquistou o mundo há dois anos. Com uma média de 60% de posse de bola durante os jogos, a equipe ibérica se destaca pela eficiência. Mesmo finalizando pouco, o time tem o segundo melhor ataque, com oito gols perde apenas para a Alemanha, com 10.
Com um futebol mais agressivo, mas não tão eficaz, os italianos se arriscam a acabar com a hegemonia do rival. A aposta é clara: os chutes de longa distância. Com dois gols a menos do que o adversário, a esquadra italiana é a que mais chuta a gol no torneio, com média de 11 arremates por duelo.
Mas não tem como falar da Itália sem citar Mario Balotelli. Ele causou polêmica ainda antes de entrar em campo. Já na chegada ao torneio declarou que mataria quem o ofendesse com provocações racistas.
Filho de pais imigrantes, o atacante só conseguiu a cidadania italiana aos 18 anos e se tornou o primeiro jogador negro a defender a seleção do país. Com os dois gols marcados contra a Alemanha na quinta-feira, o jogador do Manchester City se mostrou tão bom dentro de campo quanto em criar polêmicas fora dele.
Para não perder a fama de marrento, o atacante provocou os adversários. "Espero fazer quatro gols, não apenas dois. Foi o dia mais bonito da minha vida, mas espero que domingo seja melhor. Espero ganhar da Espanha, não importa se jogar bem ou mal. Se eu marcar, será espetacular. Se ganharmos e eu não marcar, também será espetacular."