Finalista olímpico pela segunda vez, Alison só virou jogador de vôlei por insistência da mãe, Niceia. Prata em Londres-2012 com o paranaense Emanuel, o capixaba e o companheiro Bruno Schmidt venceram nesta terça (16) os holandeses Brouwer e Meeuwsen por 2 sets a 1 (21/17, 21/23 e 16/14) na semifinal do vôlei de praia da Rio-2016. Feito que poderia não ter se concretizado não fosse a insistência de dona Niceia.
“Sempre gostei de futebol, mas não tinha vaga na escolinha. Aí minha mãe me matriculou no vôlei. Eu achava estranho, mas acabei gostando e hoje agradeço minha mãe todos os dias”, revela o jogador, que tem no punho uma cruz tatuada com a letra inicial com os nomes do pai, mãe, irmã e dele próprio em cada ponta.
A outra tatuagem de Alison é um mamute nas costelas, apelido que ganhou de amigos no começo da carreira. “Começaram a me chamar assim porque eu era grande e lento. Mas hoje sou rápido”, faz questão de frisar o jogador de 2,03m.
Além da família e da torcida, a quem fez questão de ressaltar ao longo de toda a entrevista após a partida semifinal, Alison também não se esqueceu de agradecer o apoio que recebeu ao longo da carreira do amigo Emanuel, com quem perdeu a final de 2012.
“O Emanuel é meu irmão mais velho. Ele me ensinou a tirar valor das pequenas coisas e me mostrou o caminho da vitória”, aponta Alison, que não esconde a tristeza de não ter o ex-companheiro na Rio-2016.
Ao não conseguir se classificar para sua quinta Olimpíada, o medalhista de ouro em Atenas-2004 decidiu se aposentar em março. “Eu queria que ele estivesse aqui. Por mim ele jogaria a vida toda porque o Emanuel foi um grande companheiro, um grande adversário, enfim, um grande atleta e amigo”, destaca o finalista.
Londres-2012
Alison também ressalta que a derrota na decisão da Olimpíada de quatro anos atrás o fez crescer. “Talvez, se eu tivesse conquistado aquela medalha, eu não estive aqui hoje porque eu poderia não estar com tanta vontade [de conquistar o ouro na Rio-2016]”, avalia.
A decisão do vôlei de praia será às 23h59 de quinta-feira (18), na Arena de Copacabana. Os adversários da final saem da partida entre os italianos Nicolai/Lupo e os russos Semenov/Krasilnikov às 23 horas desta terça. “Copacabana é o nosso Maracanã e a torcida tem feito diferença. A gente dorme com o barulho dessa torcida, que tem nos empurrado”, elogia Alison.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia