Cidade
Prefeitura diz cumprir prazo
"Curitiba está com as suas obrigações em dia com a Copa de 2014. Temos obras que começaram há seis meses", afirmou o secretário municipal de Relações Políticas e Institucionais, Luiz de Carvalho, sobre o cronograma de determinações da Fifa.
O secretário destacou também que os próximos passos dos compromissos assumidos pela cidade para o Mundial não têm data exata de cobrança. "Acontece muito de algo dar problema na organização da Copa na África do Sul e a Fifa, para evitar que isso se repita, aperte a organização aqui no Brasil", disse.
O governador Orlando Pessuti também destacou a pontualidade paranaense com os compromissos de ter uma subsede. "Temos uns R$ 600 milhões em obras previstas, algumas em andamento, como a duplicação da Rodovia da Uva", citou.
A uma semana do prazo estabelecido pela Fifa para o início das obras nos estádios aprovados para a Copa de 2014, ainda é uma incógnita de onde virão os R$ 138 milhões para as reformas necessárias na Arena e não há previsão do início das construções. Conforme o cronograma estabelecido, as obras deveriam começar até 3 de maio.O governador Orlando Pessuti (PMDB-PR) reafirmou ontem que o estado e a prefeitura não vão investir em reformas de uma propriedade particular. "Vamos auxiliar para que o Atlético consiga bons parceiros na iniciativa privada, assim como o clube teve para fazer o que já está pronto, e o estádio possa estar concluído até o final de 2012", disse.
A forma como seria feito esse auxílio, porém, ainda não foi definida ou divulgada. "O Atlético já faz parte do grupo dos que se beneficiarão de incentivos fiscais e tributários", afirmou.
Pessuti descartou a possibilidade de Curitiba perder o posto de uma das 12 cidades-sede da Copa. "Não tenho dúvidas de que o Joaquim Américo será o primeiro a estar pronto para a Copa das Confederações de 2013". O argumento dele é de que a Arena está 70% concluída, enquanto os projetos de estádios de outras sedes nem sequer saíram do papel.
A possibilidade da exclusão de quatro capitais foi destacada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, na última sexta-feira, em um evento em Comandatuba, na Bahia. Ontem, ao chegar para a audiência pública sobre a proposta de alterações na Lei Geral do Esporte, em Curitiba, o político do PC do B voltou a comentar o tema.
"O alerta que faço é no sentido de acelerar as medidas, cumprir prazos. Tenho a preocupação com o cumprimento de cronogramas que podem repercutir no custo, no gasto público. É importante apertar o passo e garantir o cronograma de investimentos", declarou. "A decisão do número final de subsedes é atribuição da Fifa."
Questionado se a demora na definição dos investidores da Arena pode prejudicar a vinda da Copa para Curitiba, Silva disse que faria a mesma pergunta ao governador e ao prefeito. "O estádio é responsabilidade do estado e do município. Conforme o compromisso selado com a Fifa, é dessa maneira. Mas tenho certeza de que a proposta será cumprida e Curitiba terá papel central no Mundial."
A contribuição dada pelo governo federal para obras nos estádios foi a liberação de R$ 5,7 bilhões, em linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que podem ser pagos em 20 anos. O Atlético decidiu não ingressar no programa, para não gerar dívidas futuras.
Como a cidade não vai receber jogos das quartas de final, semifinais e final, as exigências financeiras diminuiriam por exemplo, não haveria a necessidade de trocar a cobertura da Baixada. Esse corte (caso se confirme), além do processo de redução de impostos às praças privadas, baixaria o custo final da Arena para R$ 90 milhões.Mudanças na Lei Pelé geram debates e polêmica
Discutida há cinco anos na Câmara dos Deputados, a proposta que altera a Lei Geral do Esporte (PL 5.186/05) deve ser aprovada no Senado em no máximo 15 dias. Pelo menos no que depender da vontade do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), relator do projeto.
Mesmo após o longo debate, o projeto que altera a Lei Pelé (Lei 9.615/98) ainda gera polêmica. Ontem, Curitiba foi sede de uma audiência pública que discutiu os principais pontos de mudança da lei normativa do esporte no Brasil e ficou claro que há pontos de divergência na proposta. No encontro, estiveram o ministro do Esporte, Orlando Silva, o governador do Paraná, Orlando Pessuti, e representantes de instituições esportivas, como o Clube dos 13.
Enquanto a redação do projeto de lei afirma que os clubes não precisariam pagar adicional noturno aos atletas por serem os jogos à noite inerentes ao futebol , representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) no Paraná defendem que o não pagamento dessa remuneração é inconstitucional.
"A principal mudança (com a aprovação da proposta) é a valorização do clube formador. E estabelece a gestão temerária dos clubes, em que seus gestores terão de responder solidariamente por prejuízos, como na Lei de Incentivo Fiscal", destacou Orlando Silva.
O procurador-geral do STJD, Paulo Schmidt, afirmou, em contrapartida, que alguns artigos precisam de revisão, visto que contemplam apenas a realidade do futebol, sem considerar outras modalidades. Ele questionou o parágrafo do artigo 55, de acordo com o qual os procuradores do STJD seriam indicados pelas entidades esportivas. "A partir do momento em que as instituições indicam seus acusadores, cria-se uma espécie de cativeiro (em que se diminuiriam as denúncias)", lembrou.
Ponto pacífico foi a garantia do ministro de que o artigo 90-E (que transforma jogadores com três anos de atividade em monitor da modalidade) não será aprovado. "Um bom atacante pode não saber sobre fisiologia", exemplificou Silva, ao defender que a orientação esportiva é atividade do profissional de Educação Física.
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