Fisioterapia “medieval” fez de ponta um olheiro

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Se fosse hoje, dificilmente o estiramento na coxa tiraria Rogério da Copa. De 1969 a 1971, o ponta revelado no Botafogo e com passagens pelo Santos e Flamengo, sofreu com a lesão simplesmente porque todas as equipes da época não faziam o básico do básico da preparação física: alongamento. E o tratamento também não era dos ideais. Ao invés de sessões de exercícios específicos, a ordem era medicar. "Eu ficava bom e na primeira corrida depois do tratamento o músculo estirava de volta", recorda Rogério.

A solução surgiu com a transferência para a Gávea, em 1971. Lá, o preparador físico José Roberto Francalacci – que na mesma época, à base de muito exercício específico e dieta, transformou o mirrado Zico numa fortaleza de músculos, o que levou o jornal inglês Daily Mirror a considerá-lo a primeira descoberta biônica do futebol – começou a tratar Rogério de forma adequada, com alongamentos antes dos treinos. "O Francalacci foi um pioneiro. Ele inventava exercícios perfeitos sem usar esses equipamentos de hoje", comenta.

Dessa forma, Rogério jogou até 1976, quando parou precocemente, aos 28 anos. "Na época eu estava estudando e acabei tomando outro rumo", afirma. Formado em Direito, Rogério é reverendo da Igreja Messiânica em São Paulo – cargo que ocupou em Curitiba de 1998 a 2004 – e presidente da Fundação Mokiti Akada, voltada à educação. Atualmente, faz mestrado em Filosofia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). (MXV)

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Nome: Rogério Hetmanek.Nascimento: 2/8/1948, no Rio de Janeiro (RJ).Clubes: Botafogo, Santos e Flamengo.Principais títulos: campeão da Taça Brasil (1968) e bicampeão Carioca (1967-68), como jogador pelo Botafogo; campeão Mundial pelo Brasil em 1970 como auxiliar-técnico.