O Flamengo conquistou um empate heróico em 2 a 2 com o Real Potosí na altitude de 4 mil metros da cidade boliviana. Após começar perdendo por 2 a 0, o time reagiu e superou todas as adversidades para conquistar um resultado mais do que positivo em sua estréia na Libertadores. Obina e Roni fizeram os gols do Rubro-negro. O brasileiro Edu Monteiro e Aguilera balançaram as redes para o rival.
O Rubro-negro volta a jogar na Libertadores contra o Maracaibo, no Maracanã. O Real Potosí vai enfrentar o Paraná, em Curitiba. As duas partidas serão realizadas no dia 21. Com o resultado, cada equipe somou um ponto no Grupo 5 do torneio sul-americano.
Fla acorda no segundo tempo
O Flamengo entrou completamente perdido no gramado do estádio Mario Mercado Vaca Gúzman. As palavras do técnico Ney Franco no intervalo do jogo resumiram a atuação da equipe:
- Estamos com dois ou três jogadores se arrastando em campo por causa da altitude.
E o Real Potosí não levou em consideração o esquema 3-6-1 do time rubro-negro. Aos 12 minutos, abriu o placar. O atacante brasileiro e torcedor do Vasco Edu Monteiro deu um nó em Thiago e Moisés e tocou na saída de Bruno. O time boliviano seguiu pressionando e teve outras oportunidades de marcar.
Aos 39, Renato Augusto arriscou e a bola entrou. Só que pelo lado de fora. O árbitro viu o lance e não se confundiu. Quatro minutos depois, a zaga bobeou e Aguilera ampliou para o Potosí. A posição do atacante era duvidosa.
Na etapa final, Ney Franco sacou Juan e apostou na entrada de Roni. Com isso, Renato passou a atuar na ala esquerda. Não tardou para a mudança surtir efeito. Aos 3 minutos, Renato Augusto cobrou falta da direita e Roni, de cabeça, diminuiu a diferença do marcador.
Logo após o gol, Juninho Paulista entrou na vaga de Thiago. O Flamengo melhorou no setor ofensivo mas pecava na marcação, já que o Potosí atuava apenas nos contra-ataques. Em campo, os jogadores do time rubro-negro começavam a mostrar cansaço. Aos 21 minutos, Obina aproveitou um cruzamento na área e empatou, também de cabeça.
No fim, a dor de cabeça e o esforço dos jogadores do Flamengo valeram pelo resultado. Renato Augusto, Moisés e Paulinho precisaram de balão de oxigênio para agüentarem até o fim do jogo. Na altitude boliviana, um empate vale tanto quanto uma vitória.
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