O incêndio que matou dez jovens das categorias de base do Flamengo no CT do Ninho do Urubu completou seis meses na última quinta-feira (8).
Neste período, o clube carioca fez três acordos com parentes de vítimas, enquanto outras sete famílias não aceitaram os valores e uma foi à Justiça. O Flamengo prevê gastar R$ 22 milhões com indenizações relacionadas ao incêndio, segundo informações do Blog do Rodrigo Mattos, sendo que, deste montante, R$ 7,5 milhões já foram desembolsados.
Ainda segundo o blog, o Flamengo prevê pagar R$ 1 milhão para cada família de atleta falecido, valor atingido após negociação entre as partes. Inicialmente, o Ministério Público do Trabalho tinha pedido R$ 2 milhões por família, valor considerado exorbitante pelo clube, que tinha oferecido R$ 500 mil por cada um dos garotos.
Ao mesmo tempo, apenas com reforços para 2019, o Flamengo já contabiliza investimentos de R$ 200 milhões: chegaram, por exemplo, o zagueiro Rodrigo Caio (R$ 24,5 milhões), o atacante Bruno Henrique (R$ 26,7 milhões), o meia Gerson (R$ 49 milhões), o meia De Arrascaeta (R$ 80 milhões), Pablo Marí (R$ 5,4 milhões), etc.
O montante contabiliza ainda os altos salários pagos para os laterais Rafinha e Flilipe Luís, além do técnico Jorge Jesus. Agora, o clube carioca espera ainda fechar com a estrela italiana Mario Balotelli, novamente pagando salários de “padrão europeu”.
O valor oferecido inicialmente como indenização pelo Flamengo, R$ 500 mil, se baseia na jurisprudência da Justiça nestes casos. Na sequência, o clube passou a negociar individualmente com as famílias, que reclamam de omissão do Flamengo.
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