Após atingir o fundo do poço, o Flamengo trabalha firme para solucionar os problemas financeiros do seu esporte amador. Em notícia divulgada pela coluna de Renato Maurício Prado no jornal "O Globo", o basquete e o remo estão garantidos já que o contrato do Fla com a Petrobras será renovado com o valor de R$14,2 milhões. Já a ginástica olímpica, que teve o luto decretado por Diego Hypolito na última sexta-feira, já tem boas perspectivas pela frente. Uma grande organização estaria interessada em patrocinar a modalidade e já iniciou as conversas com os dirigentes do clube.
"Ontem (sábado), o Márcio (Braga, presidente do Flamengo) me ligou e disse que tem uma perspectiva. Pelo o que é, não é muito simples. Surgiu uma luz no fim do túnel, mas temos ainda um túnel inteiro para passar", explicou por telefone o responsável pela nova Unidade de Esportes Olímpicos do Flamengo, João Henrique Areias.
Com o fim dos contratos de Jade Barbosa, Diego e Daniele Hypolito em dezembro do ano passado, o Flamengo tem urgência para resolver o problema da ginástica artística. Após dizer que a ginástica para ele não tinha morrido, João acredita que nesta semana o clube já possa dar algum parecer sobre essa possível parceria, que chegaria para garantir os custos de manutenção dos equipamentos e dos salários dos atletas.
"Toda essa movimentação que houve, a reação dos ginastas e talvez até um pouco da nossa ida falando do novo modelo, já despertou o interesse de outras pessoas. O Márcio foi muito corajoso em expor o problema e foi importante ele dizer que estava tomando iniciativas. Eu diria que o túnel é longo o suficiente para se caminhar durante uma semana".
Sem salários há três meses e ameaçando não entrar em quadra na estreia do Novo Basquete Brasil na próxima quarta-feira, o basquete rubro-negro estaria em melhor situação. João confirma que a modalidade também está garantida com a renovação do patrocínio com Petrobras, faltando resolver apenas alguns detalhes para o recebimento da verba, cujo valor ele ainda desconhece.
"Ainda não vi o contrato, não falei com os jogadores e nem com a Patrícia (Amorim, vice de Esportes Olímpicos), mas o meu sentimento é o de adiantar um salário para que os atletas comecem tranquilos e, durante a semana, viabilizar o recebimento do contrato com a Petrobras. Não vejo dificuldades".