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No clássico que vai opor a melhor defesa e a quinta menos vazada do Brasileiro, não será surpresa se os goleiros forem os protagonistas. E as torcidas paranista e coxa-branca têm bons motivos para confiar em Flávio e Douglas no jogo de sábado, no Pinheirão.

Recuperado de contusão, Flávio pretende voltar a vestir a camisa 1 para manter o Paraná como o time que menos viu os adversários balançarem a rede na competição. Do outro lado, no primeiro clássico da carreira, Douglas projeta manter a boa fase para levar o Coritiba à quarta partida consecutiva sem sofrer gols, o que nenhuma equipe conseguiu até a 28.ª rodada.

Bem mais acostumado à rivalidade regional – ficou oito anos no Atlético até se transferir para o Tricolor em 2003 –, Flávio está à disposição depois de seis partidas. A intenção é ajudar o time a consolidar a reação no campeonato. Após quatro derrotas seguidas e seis rodadas sem vitória, o clube voltou a somar pontos ao bater o Brasiliense e empatar com o Fortaleza.

A má fase começou justamente com o Pantera fora de combate. Desde sua substituição no duelo com o Goiás, dia 24 de agosto, foram 14 gols sofridos. A média, que era de menos de um gol por partida (0,9), subiu para dois, considerando apenas os confrontos seguintes. "É só coincidência. Todo time tem uma queda em uma competição longa e acabou acontecendo no período em que eu estava fora. Se tivesse jogado, não teria sido muito diferente", amenizou.

Flávio não está confirmado entre os titulares – Darci será mantido caso ele não volte –, mas aparenta otimismo. "Estou treinando com os outros goleiros, fazendo os mesmos exercícios e não senti nada", comentou, ressaltando que só joga se estiver 100%.

Se o assunto são números, Douglas não deixa por menos. Desde que voltou a ser titular, tomou sete gols no mesmo número de partidas. Cabe lembrar que a média seria melhor se não fosse a derrota de 4 a 1 para o São Paulo. A defesa parece ter aprendido com o desastre. A bola não balançou a rede do Coritiba contra Fluminense, Juventude e Vasco.

Mesmo tendo feito defesas importantes, incluindo um pênalti batido por Petkovic, o goleiro não esquece a humildade de antes. "É uma marca significativa num campeonato com média de mais de três gols por jogo. Só precisamos lembrar que o mérito não é de um jogador, e sim de todo o sistema defensivo".

Apesar de ainda não ter experimentado a sensação de jogar um clássico, ele sabe que é uma oportunidade única de aumentar o crédito. "A confiança é grande, mas não me considero absoluto", contou Douglas, que sabe o que deixaria a torcida novamente satisfeita com seu trabalho. "Sei que não vai durar para sempre esse período de invencibilidade, mas vamos prorrogar o quanto pudermos."

Tricolores

Torcida – Integrantes da Torcida Fúria Independente foram à Vila Capanema distribuir uma convocação aos torcedores do clube para que compareçam em peso ao clássico de sábado. Segundo o texto, uma grande festa – com direito à surpresa – está sendo preparada. Os ingressos custam R$ 20 (meia; R$ 10).

DM – Três jogadores que estavam machucados podem voltar no clássico: o goleiro Flávio e os volantes Beto e Mussamba. Já o meio-campista Mário César se machucou ontem pela manh㠖 problema muscular na coxa –, mas deve estar à disposição no sábado. Caso os retornos se confirmem, pelo menos o goleiro Darci já tem confirmado o seu retorno para a reserva.

Alviverdes

Enfermaria – O meia Capixaba continua em tratamento por causa de uma tendinite no tornozelo esquerdo. Amanhã ele será reavaliado para saber se poderá enfrentar o Paraná. Quem está liberado é o volante Márcio Egídio, recuperado de uma fissura no quadril. Já os zagueiros Flávio e Allan estão vetados.

Máfia do apito – O clube continua esperando o pronunciamento oficial do STJD para saber que medida tomar em relação à derrota de 3 a 2 para o Internacional, dia 21 de agosto, jogo apitado pelo manipulador de resultados Edílson Pereira de Carvalho.

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