Florianópolis vence o "galáctico" Pinheiros e é finalista da Superliga pela quinta vez

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Era a casa do adversário e, do outro lado da rede, quatro campeões olímpicos vestiam a camisa rival. O cenário desfavorável para o Florianópolis não impediu que o atual campeão da Superliga fechasse a série da semifinal em 2 a 0 e eliminasse o "galáctico" Pinheiros com uma vitória por 3 sets a 1, parciais de 25/23, 23/25, 25/16 e 25/20, em São Paulo.

"Olha a história desses caras do outro lado. Não dava para respirar em nenhum minuto. Mas soubemos respeitar e lutar até o último ponto. Os guris jogaram com alma e coração. Somos uma grande família", garantiu o técnico do Florianópolis, Marcos Pacheco.

Com presença garantida na decisão contra o Montes Claros, que passou pelo Cruzeiro com placar de 2 a 0 também, o Florianópolis pode igualar o recorde de títulos da Superliga, que pertence ao Minas. A equipe que esteve na final desde o primeiro ano em que foi criada (cinco vezes) terá a oportunidade de se sagrar tetracampeã no próximo sábado, dia 1° de maio, no ginásio do Ibirapuera (SP).

"Estou acabado, muito cansado mesmo. Fazer uma estratégia constante, jogando com esses caras que têm uma leitura de jogo muito boa, é complicado. Mas estou muito feliz também de termos conseguido a proeza de chegar a cinco finais consecutivas" disse o levantador Bruninho.

Bruninho brilha na distribuição no primeiro set

Com o passe alto, Bruninho forçou a jogada de segurança com Bob no início do set. O oposto virou quatro bolas e ditou o ritmo do jogo, chamando a responsabilidade em quadra. Do outro lado, Giba foi a opção de Marcelinho e também respondeu à altura. No entanto, o levantador tinha apenas essa jogada, e a de Gustavo no meio, como eficientes. Com a recepção também ruim, o Pinheiros forneceu muitos contra-ataques para o Florianópolis, que abriu cinco pontos no placar.

A boa atuação de Bruninho também rendeu maior vantagem aos visitantes. O levantador foi o destaque do Florianópolis, distribuindo para Thiago Alves na entrada de rede e Éder no meio. O Pinheiros tentou reagir com um ace de Giba, que levantou a torcida em São Paulo, e o bloqueio de Léo, diminuindo a diferença no marcador para um ponto. Porém, após a paralisação do jogo a pedido do técnico do Florianópolis, Marcos Pacheco, o time voltou a pontuar e fechou no ataque de Bob em 25 a 23.

Pinheiros cresce com falhas do Florianópolis

Na volta à quadra, os erros de saque deram o tom do duelo. No início da parcial, Florianópolis pontuou somente quando o Pinheiros forneceu os pontos de graça. Com Gustavo bem no meio, os donos da casa aproveitaram as falhas do adversário e abriram vantagem no placar. Porém, o time, que conta com campeões olímpicos, não usou a experiência na partida e demonstrou ansiedade no momento de definir o set. Assim, os visitantes encostaram no marcador, com Thiago Alves e Renato pontuando na entrada de rede.

Depois de equilibrar o jogo, no entanto, o Florianópolis também errou bastante. Bruninho forçou bolas com Bob, que esteve apagado na parcial e não repetiu o desempenho do primeiro set, e só acertou as jogadas com Éder no meio. Mas do outro lado tinha o melhor jogador do mundo. Giba assumiu a responsabilidade e virou duas bolas quase perdidas na recepção, fechando em 25 a 23.

Pinheiros sofre apagão no terceiro set

Apesar da torcida incentivar a equipe de Giba e cia., eles pararam em quadra no terceiro set. Depois de assumirem o comando e empatar a partida, o Pinheiros foi atropelado pelo Florianópolis, que encaixou o saque e prejudicou muito a recepção rival. Com direito à medalha de Lucão em Rodrigão e ace de Bob, o atual campeão da Superliga fechou a parcial em 25 a 16.

"É difícil dizer o que faltou. No terceiro set, só fomos cada vez mais para baixo, sem pensar. Bruninho jogou muito bem taticamente e rodou na hora certa. Pecamos no contra-ataque", afirmou Giba.

O Pinheiros reagiu no início da quarta parcial, mas parou nas mãos de Mário Jr. O líbero foi o fio condutor do Florianópolis no set, com Bruninho bem no bloqueio também. Do outro lado, uma equipe cabisbaixa ouviu de seu técnico, Cebola, que era preciso ter "espírito de guerreiro", e Giba tentou colocar isso em prática, acertando duas bolas de fundo. Porém, já não dava mais tempo. Thiago Alves brilhou no bloqueio simples e foi para o saque para pesar o braço e facilitar o bloqueio de Éder em Roca. Pela quinta vez, Florianópolis está na final da Superliga. "Vai ser uma final, no mínimo, eletrizante. A torcida pode esperar um grande espetáculo", avisou Bob.