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Dos 78.838 lugares do novo Maracanã, o Fluminense só terá direito à receita da venda de 43 mil – os mais baratos. Com os melhores lugares – os camarotes e assentos corporativos, por exemplo –, quem vai lucrar é o Complexo Maracanã Entretenimento S.A., que ganhou licitação do governo do Rio de Janeiro para administrar o estádio pelos próximos 35 anos. O Tricolor assinou ontem pelo mesmo período com o grupo de empresas, formado pela construtora Odebrecht, a IMX de Eike Batista e a norte-americana AEG.

O total de lugares destinado ao Fluminense é ainda menor que o previsto pela concessionária na proposta apresentada ao governo durante a concorrência. No documento, o Complexo Maracanã previa ficar com a renda de 27.889 lugares (camarotes assentos premium corporativos e premium e fã tickets). Entretanto, no contrato assinado com o Fluminense, o Maracanã S.A. subiu seu potencial de lucro para 30.870 lugares.

Segundo o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, o clube terá "custo zero" para jogar no Maracanã. Os únicos gastos serão com a taxa de 10% da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (FERJ) cobrada sobre a bilheteria a cada jogo (o Tricolor terá de pagar o proporcional aos seus 43 mil lugares) e o Imposto Sobre Serviços (ISS). O Fluminense também terá direito a instalar uma loja oficial no estádio a partir de 2015. Entretanto, toda renda com restaurantes, bares e estacionamento ficará com o Consórcio Maracanã S.A..

Antes da assinatura do contrato, chegaram a circular notícias de que as empresas pagariam metade da construção do novo centro de treinamento do Fluminense, orçado em R$ 7 milhões. Mas o presidente do clube negou a informação.

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