O campeão brasileiro vive situação tenebrosa no Grupo 3 da Copa Libertadores. O Fluminense foi ao México e voltou de mãos vazias derrotado por 1 a 0 pelo América, no Estádio Azteca, nesta quarta-feira. Pior do que os dois pontos somados em três rodadas foi ver os mexicanos abrirem vantagem na segunda colocação, com seis pontos. O líder é o Argentinos Juniors, com sete, após vitória sobre o Nacional, do Uruguai, em Montevidéu, por 1 a 0.
Para obter pelo menos a segunda vaga da chave, caberá aos tricolores vencer as próximas três partidas, duas fora de casa. Menos do que 11 pontos deixa a classificação muito complicada. Ao fim do confronto, mais uma vez o lugar comum tomou conta do discurso dos brasileiros, que voltaram a se agarrar no ano de 2009. "A situação é dramática sim. Mas não podemos desistir. Temos de lembrar de 2009, quando o time tinha 98% de chance de cair e permaneceu na Série A", citou o atacante Rafael Moura.
Apesar de ainda em busca de sua primeira vitória na competição e pressionado pelo triunfo dos argentinos, o time brasileiro estava mesmo mais preocupado em segurar o empate na primeira etapa. Missão bem sucedida. Com forte marcação, o time de Muricy conseguiu segurar o maior ímpeto dos mexicanos.
Ainda assim, houve sustos. Aos 23, Sánchez deixou Leandro Euzébio no chão, cortou Gum e quase serviu Vuoso na área. Diguinho salvou a pátria. No mais, chutes de fora da área de Olivera foi o que de mais notável ocorreu na primeira etapa, dada a completa abstinência ofensiva dos tricolores.
"A bola perde menos velocidade e chega mais pesada. Precisamos ter atenção (nos chutes de longe). Queremos a vitória, vamos ver se fazemos um gol e não sofremos nenhum", disse o goleiro Ricardo Berna, à saída para o intervalo.
Os minutos iniciais da segunda etapa deram um fio de esperança aos torcedores do Tricolor. Um pouco mais audacioso, a equipe de Muricy Ramalho passou a cercar mais a área adversária. Não passou de 15 minutos a ilusão, porém.
Com mexidas do técnico Carlos Reinoso, o América melhorou e passou a dominar as ações. Aos 25, veio o gol. Montenegro fez ótimo passe para Marquez, que entrara há pouco, em posição legal tocar na saída de Berna.
No desespero, Muricy sacou até mesmo o argentino Conca, completamente apagado, aos 28. Depois entrou Araújo. Mas o poder ofensivo tricolor continuou nulo. Outro esboço de pressão veio no fim do jogo, mas muito pouco para conseguir o empate.
A próxima partida do Fluminense será contra o mesmo América, desta vez no Rio, no dia 23, e apenas a vitória interessa.
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