Dirigente volta a frisar em Brasília: "Estamos atrasados"

Além do encontro entre os prefeitos das 12 cidades-sede, Brasília também debateu a Copa de 2014 em outro ponto da capital federal. Na Câmara dos Deputados, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), José Roberto Bernasconi, alertou os políticos brasileiros que o país está atrasado no cronograma que a entidade julga ideal e que é preciso agilidade neste momento.

"Faltam apenas cinco anos para a Copa e o Brasil já está atrasado. É preciso que as autoridades competentes pressionem a Fifa para saber quais serão as sedes dos jogos de abertura e encerramento do campeonato, para que esses locais possam desenvolver os projetos e trabalhar com foco", disse Bernasconi. Por ora, a Fifa fala em definir estas duas questões apenas em 2010, o que o presidente do Sinaenco julga danoso ao Brasil em termos de obras de adequação.

A audiência na Câmara deu início a uma série de encontro que devem acontecer entre as 12 cidades-sedes até o fim deste ano.

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O assessor de Relações Institucionais da prefeitura de Curitiba e gestor da cidade para a Copa do Mundo 2014, Luiz de Carvalho, representou a cidade no 1º Encontro de Prefeitos das 12 Cidades-Sedes do Mundial no Brasil. A agenda não permitiu ao prefeito Beto Richa estar presente, mas a reunião serviu para mostrar que não só os dirigentes curitibanos, mas também todos os demais estão preocupados com um assunto: a fonte dos recursos para as obras de adequação exigidas pela Fifa.

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A prefeitura de Curitiba promete investir R$ 4,5 bilhões, mas a demanda vai além e os valores, levando em conta todas as esferas governamentais, podem alcançar os R$ 9 bilhões, valor já apresentado pela Gazeta do Povo com exclusividade em março deste ano. Mais do que saber de onde virão os recursos federais, os dirigentes das 12 cidades-sedes querem saber também quando as primeiras levas de dinheiro público serão liberados.

"O governo federal precisa estudar mecanismos que agilizem os processos de liberação de recursos para que os projetos sejam executados a tempo", afirmou Luiz de Carvalho durante o encontro. O ministro dos Esportes, Orlando Silva, deu pistas de que o montante e a fonte do dinheiro a disposição para a Copa de 2014 não está definido, o que tende a atrasar ainda mais o cronograma de obras em cada cidade (leia o Box ao lado).

"A expectativa do presidente Lula é fixar uma matriz de responsabilidades em todas as esferas do governo para dar a cada representante suas atribuições. É preciso estruturar as iniciativas", disse Silva, lembrando ainda que as cidades e os estados devem buscar outras formas de recursos. Uma das alternativas que deve avançar sensivelmente é a de parcerias junto à iniciativa privada.

"Sem dúvida a Copa do Mundo também atrairá investimentos privados e é preciso planejar estas parcerias para viabilizar os projetos", completou Carvalho. Nas próximas duas semanas o governo federal deverá promover reuniões bilaterais para debater detalhes e necessidades de cada cidade. O comitê paranaense será comunicado nos próximos dias de quando deverá levar o projeto e as suas necessidades ao conhecimento do governo federal.

"Há que se pensar em coisas grandes e pequenas que precisam ser feitas. Os recursos não são abundantes, por isso é preciso investir em algo duradouro, para ficar por muito tempo e servir à população", explicou o ministro das Cidades, Márcio Fortes.

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