Inércia marca comitê paranaense
O plano para garantir a engenharia financeira que viabilizará a reforma da Arena da Baixada está praticamente parado nesta semana. Com o governador Orlando Pessuti e o procurador-geral do estado Marco Antônio Berberi nos Estados Unidos (homenagem à Copel), a assinatura do termo de ajuste de conduta entre as partes (Atlético, prefeitura e governo) não tem data para ocorrer.
"Também estive fora nos dois últimos dias úteis e não tenho novidades", argumentou ontem à tarde o secretário-executivo do comitê paranaense para o Mundial, Wilson Portes.
Conforme a reportagem apurou, nem mesmo o projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa para isentar de impostos os "fatos geradores" da Copa tem data para ser analisado pelos deputados.
Outra preocupação é o fim do prazo para que os financiamentos que serão feitos através da Caixa Econômica Federal em 2010 sejam definidos. Por ser ano eleitoral, o limite é 2 de setembro (daqui a oito dias). O secretário especial para o Mundial no estado, Algaci Túlio, está em Brasília tentando ultimar os processos que pretendem viabilizar obras em diferentes pontos da cidade.
Da Redação
Salvador - O anel superior do Estádio Fonte Nova, em Salvador, será implodido no próximo domingo com mais de 700 kg de explosivos. No lugar surgirá a Arena que será utilizada na Copa de 2014.
O novo estádio custará cerca de R$ 591 milhões e terá capacidade para 50.433 pessoas. Deve ser concluído até dezembro de 2012 a tempo de receber jogos da Copa das Confederações, em 2013.
Marcada para as 10 horas, a implosão deve durar entre 10 e 17 segundos e será transmitida ao vivo por um canal de televisão. O custo total da demolição é estimado em R$ 29 milhões.
O anel inferior da estrutura já foi demolido mecanicamente. O estádio está interditado desde novembro de 2007, quando parte do anel superior desabou, matando sete torcedores.
No dia da implosão, 2.467 moradores e comerciantes terão de sair de 962 imóveis localizados no entorno do estádio, por até cinco horas.
Por causa da poeira, a cartilha distribuída aos moradores recomenda que eles fechem as janelas e portas e tirem as roupas do varal.
O novo estádio será construído numa PPP (Parceria Público-Privada) sob a responsabilidade de um consórcio formado pelas construtoras baianas Odebrecht e OAS.
Para a implosão, foram contratadas duas empresas, entre elas a brasileira Arcoenge Engenharia, que realizou o procedimento na penitenciária do Carandiru, em São Paulo.
Com a demolição total do estádio, serão gerados 29 mil metros cúbicos de entulho. O material será reciclado e parte dele reaproveitado na construção da arena.
Ontem, no Rio de Janeiro, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Teixeira, voltou a mostrar preocupação com a demora do Comitê Paulista da Copa de 2014 em indicar um estádio que representará a cidade de São Paulo no evento.
Ele comentou que deve se encontrar com o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, ainda nesta semana, para mais uma rodada de negociações. "Cada vez mais isso está se afunilando e ficando pressionado pelo tempo. O Maracanã, o Mineirão, a Arena de Brasília, entre outros estádios, já estão com as obras em andamento", afirmou o presidente da CBF e COL.
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