Bergisch Gladbach Os jogadores da seleção colocaram ontem panos quentes sobre a primeira impressão que tiveram de Gana. Logo após golear o Japão, eles qualificaram o adversário das oitavas como "irresponsável" sinônimo de desorganizado taticamente. Ontem, decidiram recuar.
Na terça-feira, meio-dia (horário de Brasília), a equipe do técnico Carlos Alberto Parreira enfrenta o representante da África. O duelo será no Waldstadion, em Dortmund. O vencedor enfrentará o melhor do duelo entre Espanha e França.
"Quis dizer que eles (ganeses) atacam muito, às vezes com sete jogadores. Uma equipe que visa a fazer gols. Tenho 12 anos de carreira e respeito até equipes do interior, não seria diferente agora contra um rival de porte", contemporizou Juninho Pernambucano.
As declarações foram prontamente usadas pelo treinador Ratomir Dujkovic para mexer com o brio do seus comandados. Para o capitão Cafu, pura distorção.
"Gana não tem tanta responsabilidade como nós, mas isso é diferente de ser irresponsável. São coisas completamente diferentes. Nós temos o peso maior, pois ganhamos várias Copas do Mundo", tentou esclarecer.
Já Roberto Carlos achou uma teoria completamente diferente para amenizar a polêmica. "O Brasil sempre foi irresponsável e ganhou tudo. As pessoas cobram que não sabemos defender. Temos defeitos e sempre chegamos às finais", analisou.
Ao ser questionado sobre a revolta do rival com o assunto, o lateral-esquerdo foi irônico. "Não ouvi nada... E não entendo nada que eles falam", disse.
Uma das preocupações apresentadas seria o estilo violento dos Estrelas Negras. Durante a primeira fase do Mundial, o oponente dos pentacampeões fez 76 infrações e recebeu 12 cartões amarelos. É o selecionado recordista neste quesito.
"Trata-se de uma equipe muito forte fisicamente, que marca duro. Devemos nos movimentar ao máximo para se livrar da marcação", antecipou Ronaldinho Gaúcho. "Conversamos bastante sobre isso. Precisamos forçar o toque de bola rápido. É dessa forma que estamos pensando em surpreendê-los."
Cafu ainda vê uma vantagem no aspecto jogo sujo. "Isso é ótimo para nós. Enfrentar quem faz tantas faltas assim é bom, pois temos cobradores excepcionais. Pode se transformar numa vantagem muito grande", analisou.
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