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Antes mesmo da definição da lista de atletas classificados, o Pan-Americano Rio-2007 tem um desfalque de grande proporção: o velejador Torben Grael, esportista olímpico mais vitorioso do país. Atualmente, o atleta se prepara para a disputa da America’s Cup, regata mais importante do mundo, que vai terminar em 7 de julho de 2007, uma semana antes do início do Pan.

Como a classe Star, na qual Torben e Marcelo Ferreira ganharam duas medalhas de ouro em Olimpíadas (Atlanta-1996 e Atenas-2004), não foi incluída no Pan-2007, Torben não teve dúvidas ao aceitar o convite da equipe italiana Prada na disputa da America’s Cup, que será em Valência, na Espanha.

- O Pan tem muita importância, mas não dá para eu deixar a minha classe, que é olímpica, para me adaptar a outro tipo de barco. Com a Star fora, não hesite em aceitar o convite da Prada. Se a classe estivesse no Pan, iria pensar no que fazer – diz o velejador, que no primeiro semestre comandou o Brasil 1, primeiro barco brasileiro a disputar a Regata Volta ao Mundo.

A Star ficou fora do Pan por decisão da Federação Brasileira de Vela e Motor (FBVM), que recomendou a sua troca pela classe J-24 (os barcos das duas classes são da mesma categoria). A sugestão foi aceita pelo Comitê Organizado do Pan (CO-Rio) e depois aprovada pela Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa).

A troca da Star pela J-24 foi feita para elevar o nível técnico da competição, pois, segundo a FBVM, apenas Brasil, Argentina e Estados Unidos são bons na classe olímpica. Esse é argumento é negado por Torben Grael e por Robert Scheidt, que trocou a Laser pela Star (no Pan, ele vai voltar para a Laser).

- No Mundial de Star da Argentina, no ano passado, havia vários competidores dos outros países das Américas. Além disso, é a perda de uma oportunidade de os países evoluírem em uma classe que é olímpica. É uma pena, pois gostaria muito de competir no Rio de Janeiro, perto da minha família – diz Torben, que mora em Niterói (região metropolitana do Rio).

Com cinco medalhas olímpicas (dois ouros, uma prata e dois bronze), Torben é o maior medalhista do Brasil em Jogos Olímpicos. Em Atenas-2004, ele foi o responsável por levar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura.

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