Bruno Senna guiando a Williams: pela primeira vez, ele esteve em todos os testes da pré-temporada| Foto: Alejandro Garcia/Efe
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O sobrinho de um dos maiores pilotos da história da Fórmula 1 está garantido na categoria e tem, em 2012, o principal teste da carreira até agora. Bruno Senna será titular da Williams, justamente a última equipe do tio Ayrton, e ocupa a vaga que pertencia a outro brasileiro: Rubens Barrichello.

Essa pode ser considerada a primeira temporada "de verdade" do piloto de 28 anos. Senna estreou na F1 em 2010 correndo pela Hispania e com um dos piores carros do grid. Ele não conseguiu participar dos testes que antecedem o início do campeonato e, ao longo daquele ano, registrou como melhor posição apenas um 14.º lugar, no GP da Coreia do Sul.

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No ano passado, o brasileiro substituiu o alemão Nick Heidfeld na Lotus Renault já com a disputa em andamento e, em oito corridas, conseguiu dois pontos. Desta vez, a rotina foi outra. Senna foi contratado pela Williams no último mês de janeiro, foi testado em simuladores pela escuderia inglesa e participou da pré-temporada completa.

"Agora pudemos andar no carro, fazendo preparação técnica com os engenheiros, com a equipe e tudo isso faz muita diferença. Estou em um estágio de preparação melhor em relação ao fim da temporada passada, por exemplo", garante o piloto.

"A Williams é uma boa opção para o Bruno Senna. Se ele usar essa temporada como aprendizado, vai crescer e se dar bem", aposta o comentarista da Rede Globo, Reginaldo Leme.

No entanto, o retrospecto recente da equipe coloca em dúvida a possibilidade de o brasileiro lutar por bons resultados. A Williams ficou em nono lugar entre as 12 equipes da última temporada e somou apenas cinco pontos, o pior desempenho da história da escuderia. O pódio mais recente foi conquistado em 2008 e a última vitória ocorreu há mais de sete anos, com Juan Pablo Montoya, no GP do Brasil de 2004.

"A equipe tem um carro bem superior ao de 2011, mas Bruno continuará contando com um equipamento para brigar, em condições normais, apenas com as equipes médias", projeta o comentarista e ex-piloto da F1, Luciano Burti.

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De qualquer forma, andar à frente de Pastor Maldonado, companheiro de equipe, será obrigação. Diferente do venezuelano, que conta com o patrocínio maciço da petroleira PDVSA, Senna não dispõe de tanto apoio financeiro, o que pode pesar bastante no momento de uma renovação de contrato.

"O Bruno Senna não tem pressão por resultados. Somente vai precisar andar na frente do parceiro de equipe dele", afirma o comentarista de F1 da ESPN, Flávio Gomes.

Se o desempenho de Maldonado for parecido com o de 2011, o brasileiro não terá muito trabalho para superá-lo. No ano passado, em sua primeira temporada na Williams, o venezuelano somou apenas um ponto em 19 provas disputadas.