GP da Austrália
1º treino livre: Hoje às 22h30
2º treino livre: Amanhã às 02h30
Treino classificatório: Sábado às 03h00
Corrida: Domingo às 03h00
Apenas Felipe Massa representará o Brasil no grid do GP da Austrália, corrida que abre no domingo a temporada 2013 da Fórmula 1. Algo que não acontecia desde 1978, quando o bicampeão Emerson Fittipaldi começou o campeonato sem ninguém para falar português Nelson Piquet estrearia durante aquele ano. Sete anos antes, ou seja, há 42, o próprio Fittipaldi fez o último Mundial completo como único brasileiro.
Para pilotos e analistas, um desfecho esperado para a derrocada do esporte no país. "É a consequência de um processo de enfraquecimento, e quase extinção do automobilismo brasileiro, que começou há dez anos, com o encarecimento do kart e o fim das categorias de monopostos, como a Fórmula 3", avalia o jornalista Flávio Gomes, dos canais ESPN.
Diante do cenário, o piloto paranaense Enrique Bernoldi, que passou pela F1 entre 2001 e 2002, descreve o caminho feito por um grande grupo de corredores nacionais, no sentido contrário do principal palco mundial: "Com as categorias de monoposto no Brasil ficando mais fracas, a maioria começou a migrar para os carros de turismo, principalmente em função do fortalecimento da Stock Car".
Massa estranha a solidão. "Sempre corri ao lado de outros brasileiros. Com o Rubinho [Barrichello] e outros que chegaram e já não estão mais, como o [Lucas] Di Grassi, o Bruno Senna e o [Antonio] Pizzonia. Vou sentir falta porque éramos muito grudados e sempre aproveitávamos as oportunidades para ficar juntos", lembra.
O piloto da Ferrari considera o pouco incentivo da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) como principal causa do problema. "Você vê que em diversos países as federações ajudam os pilotos. Eu tentei fazer a minha parte, investi muito dinheiro numa categoria na qual eu não tinha nada a ganhar, porque já estou na F1, mas ela não deu certo, até por falta de pilotos", disse o piloto à Gazeta do Povo, sobre a Fórmula Futuro.
Mas há quem acredite em reversão do quadro. "Devemos lembrar como é difícil chegar lá. Como exemplo, a França, país que teve pilotos como Alain Prost, ficou vários anos de fora. Acredito que podemos melhorar, mas não será do dia para a noite", garante o ex-piloto da F1 (em 2000 e 2001) e comentarista Luciano Burti.
Também com experiência na categoria (em 1999-2000-2001 e 2004), o paranaense Ricardo Zonta acredita que novos corredores vão superar o enfraquecimento brasileiro. "Temos talentos que estão chegando lá. Se este ano não deu certo, seja financeiramente ou por falta de oportunidade, no próximo pode ser melhor, e tenho certeza que eles têm condições de ir bem".
Governistas querem agora regular as bets após ignorar riscos na ânsia de arrecadar
Como surgiram as “novas” preocupações com as bets no Brasil; ouça o podcast
X bloqueado deixa cristãos sem alternativa contra viés woke nas redes
Cobrança de multa por uso do X pode incluir bloqueio de conta bancária e penhora de bens
Deixe sua opinião