Ex-piloto da Fórmula 1 e um dos maiores vencedores da categoria em todos os tempos, o francês Alain Prost não poupou críticas à organização do GP do Japão, realizado no último domingo, pelo grave acidente envolvendo seu compatriota Jules Bianchi. Na 43.ª volta da prova, o piloto da Marussia perdeu o controle do carro na Curva 7 e acabou atingindo um guindaste que estava parado ao lado da pista.

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"Um erro fundamental foi cometido", disse o tetracampeão mundial à rede de tevê Canal Plus. "Fazia 20 anos que não víamos uma batida tão séria quanto esta. Este não foi um acidente de prova. Era óbvio que a pista estava se tornando perigosa. Nós precisamos descobrir onde o erro foi cometido e ter certeza que não vai acontecer de novo."

O guindaste atingido por Bianchi estava removendo do circuito a Sauber de Adrian Sutil - o alemão havia batido no mesmo lugar uma volta antes. Para Prost, foi um erro inadmissível da direção da prova permitir que a corrida prosseguisse sem que o Safety Car entrasse em cena, principalmente tendo em vista as condições da pista em meio à chuva que caia em Suzuka.

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Após o acidente, Bianchi foi encaminhado imediatamente ao hospital e passou por uma cirurgia para corrigir uma "grave lesão" na cabeça. Nesta segunda-feira, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou que o estado do francês é "crítico, mas estável".

Para Prost, este é o acidente mais grave desde o que matou o brasileiro Ayrton Senna em 1994, no Circuito de Ímola. E o ex-piloto acredita que a forma como ele aconteceu apresenta um retrocesso na segurança da categoria. "A nova geração de pilotos não está acostumada a este tipo de acidente. Esta batida me faz lembrar dos anos 80, quando tínhamos este tipo de acidente a cada duas provas."