Quem ficou acordado para assistir ao GP da China de F1 certamente não se arrependeu. A terceira etapa de 2011 foi, sem dúvida, uma das mais emocionantes dos últimos anos. Não digo isso apenas por Lewis Hamilton e sua McLaren terem quebrado a hegemonia da dupla Sebastien Vettel-Red Bull.

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A prova chinesa teve dezenas de disputas no pelotão da frente, intermediário e na "turma do fundão". Um verdadeiro espetáculo que calou a boca de muita gente que dizia que a F1 estava sem graça. Quem aprecia o esporte a motor não pode reclamar: além da imprevisibilidade da corrida, o GP da China trouxe disputas bem intensas, como a já citada Hamilton X Vettel e o duelo de grandes campeões, como Schumacher X Alonso. O espanhol também se envolveu em disputa direta com Felipe Massa – a McLaren foi outra equipe que viu duelo interno em parte da prova.

Este é um ponto que também anima o torcedor brasileiro. O ferrarista teve outra boa atuação e mostrou personalidade em diversos momentos da corrida com a pressão de Alonso. Acredito que a estratégia de duas paradas acabou não sendo a mais adequada para a Ferrari, mas também é fato que a escuderia de Maranello está longe do ritmo de Red Bull e McLaren.

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Na China, conseguiu ser mais rápida que a Renault, mas teve a incômoda presença dos carros da Mercedes, que mostrou boa evolução na China, com Schumacher e, principalmente, com Nico Rosberg. A esperança é que a Ferrari consiga um melhor rendimento na temporada europeia, que começará com o próximo GP, na Turquia. Mas o mau desempenho de Alonso, que foi o único a testar a nova asa dianteira, por exemplo, é um sinal de alerta para o time que ainda sonha em lutar pelo título.

Vettel, perdeu, é verdade, mas o sorriso no pódio evidenciou que o alemão, além de ser bom de braço, também é bom de contas. Afinal, com dois primeiros lugares e um segundo, sua liderança na tabela segue plenamente administrável, ainda que a gente esteja na terceira etapa do campeonato. Hamilton representa, neste momento, a ameaça mais próxima. Até porque a vitória na China ganhou contornos épicos, após o time de mecânicos da McLaren conseguir, em um esforço heroico, controlar um vazamento no carro em plena formação do grid. Na China, o KERS da McLaren (e o ótimo rendimento do motor Mercedes) fez a diferença. Será uma disputa intensa das duas maiores promessas surgidas na F1 nos últimos anos. Melhor para o fã da F1. E pior para aquele chato que diz que corrida não tem graça.

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