A dificuldade para se manter na briga pelo título mundial deste ano na Fórmula 1 vem fazendo com que o espanhol Fernando Alonso busque meios alternativos para não se distanciar do líder da temporada, o alemão Sebastian Vettel, entre eles "secar" o piloto da Red Bull.
Em junho, a estratégia deu certo. No Grande Prêmio da Inglaterra, dias depois de Alonso dizer que "a maré de azar chega para todos e chegará para Sebastian também", o atual tricampeão mundial abandonou a prova a poucas voltas do fim, quando ocupava a liderança.
Neste domingo (28), após ter sido quinto colocado no GP da Hungria e ter visto Vettel chegar em terceiro, o que aumentou a distância na classificação para 38 pontos, ele voltou a usar a "estratégia".
"Ontem (sábado) vimos o problema de Mark Webber (companheiro de Vettel em Red Bull) com o Kers, alguma vez pode acontecer com Sebastian. Hoje vimos que ele tocou Button (McLaren) e não houve nada, mas alguma vez pode acontecer algo", afirmou.
O espanhol fez um balanço da temporada até agora e ainda não jogou a toalha, mas afirmou que será preciso que o F138 melhore para que a distância para Vettel comece a cair.
"Disputamos o título até a última corrida em dois dos três anos na Ferrari mesmo com meio segundo de desvantagem. Essa é a primeira esperança. E depois a segunda é melhorar o carro. Sabemos que tivemos altos e baixos. Começamos com um carro regular. Melhoramos, e o auge foi no GP da Espanha, em que Massa e eu subimos ao pódio. Depois começamos a cair", analisou.
"Confio na equipe, já que viemos de situações piores. Embora pareça um mês ruim para nós, quanto a evolução, já que em Silverstone, em Nürburgring e aqui não fomos suficientemente rápidos e não fizemos corridas a nosso nível, depois destas três más corridas, entre aspas, só perdemos cinco pontos em relação a Vettel", completou.
Na opinião do bicampeão mundial, há pelo menos três equipes melhores que a Ferrari no grid atualmente e por isso o quinto lugar em Hungaring não deve ser lamentado, mas, ao contrário, bastante comemorado.
"Em corrida, atualmente, nossa posição é sétimo ou oitavo, atrás das duas Mercedes, das Lotus e da Red Bull. E mesmo assim conseguimos um quinto e um oitavo lugar. Portanto, foi outro milagre e é preciso aproveitá-lo", finalizou o espanhol, que se recusou a falar sobre especulações surgidas na imprensa alemã que ele substituiria Webber na Red Bull.