Nico Rosberg, 31 anos, surpreendeu o mundo do automobilismo nesta sexta-feira (2). O campeão mundial de F1 declarou que está deixando a categoria. O anúncio veio justamente cinco dias após garantir o campeonato de 2016. Motivo: falta de ambição.
O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e depois postada em sua página oficial no Facebook. Ele renovou em julho o contrato com a Mercedes até 2018.
“Para mim, é um dia muito especial por receber o troféu nesta noite. Vai ser incrível, mas por outra razão: quero aproveitar a oportunidade para anunciar o encerramento da minha carreira na F1. Desde quando comecei, aos seis anos, tive esse sonho: se tornar campeão mundial, e isso estava claro em minha mente. Conquistei isso, dei tudo por isso, e com ajuda dos fãs consegui alcançar isso. Vou lembrar disso para sempre”, declarou o agora, surpreendentemente aposentado Rosberg, às vésperas da festa de premiação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
De acordo com o agora ex-piloto da Mercedes, a decisão foi pessoal, envolvendo principalmente motivos familiares, como o medo de sua mãe em vê-lo nas pistas. “Minha mãe ficou feliz porque nunca mais vai ter que sofrer. Ele nunca viu uma corrida minha, ficava com muito medo”, contou Rosberg.
O anúncio
“Em 25 anos no automobilismo, foi meu sonho, meu único, me tornar campeão mundial de Fórmula 1. Através de trabalho duro, de dor, dos sacrifícios, este foi meu objetivo. E agora eu consegui. Eu subi minha montanha, estou no meu auge, então me sinto bem. Minha emoção mais forte agora é aprofundar a gratidão a todos que me apoiaram por fazer esse sonho acontecer.
Esta temporada, eu digo a vocês, foi dura para caramba. Eu forcei como um louco em toda área depois das decepções nos últimos dois anos. Eles abasteceram minha motivação a níveis que eu nunca experimentei antes. E é claro que tive um impacto naqueles que eu amo também - foi um esforço familiar completo de sacrifício, colocando tudo atrás de nosso objetivo. Eu não posso encontrar palavras o suficiente para agradecer a minha esposa Vivian; ela tem sido incrível. Ela entendeu que esse era o ano, nossa oportunidade de fazer isso, e criar o espaço para eu me recuperar por completo entre cada corrida, olhando para nossa filha toda noite, lidando quando as coisas ficaram duras e colocando nosso campeonato como prioridade.
Quando eu ganhei a corrida em Suzuka, do momento onde o destino do título estava em minhas próprias mãos, a grande pressão começou, e eu comecei a pensar sobre encerrar minha carreira no automobilismo se eu me tornasse campeão mundial. No domingo de manhã em Abu Dhabi, eu sabia que essa poderia ser minha última corrida, e esse sentimento clareou minha cabeça antes da largada. Eu queria aproveitar cada parte da experiência, sabendo que poderia ser a última vez... e então as luzes se apagaram, e eu tive as mais intensas 55 voltas de minha vida. Eu tomei a decisão na segunda-feira à noite. Depois de refletir por um dia, as primeiras pessoas com que falei foram Vivian e Georg (Noite, da equipe de empresários), seguido por Toto (Wolff, chefe da Mercedes).
A única coisa que faz essa decisão de qualquer forma difícil para mim é porque eu coloquei minha família do automobilismo em uma situação difícil. Mas Toto entendeu. Ele sabia imediatamente que eu estava completamente convicto e me tranquilizou. Minha conquista mais orgulhosa no automobilismo será sempre ter ganhado o título mundial com essa incrível equipe de pessoas, as Flechas Prateadas.
Agora, eu estou aqui só curtindo o momento. Haverá tempo para saborear nas próximas semanas, para refletir sobre a temporada e para aproveitar cada experiência que virá em meu caminho. Depois disso, eu vou virar a próxima curva em minha vida e ver o que tem na loja para mim...”
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