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Pode não ser como o futebol, com clubes que revelam jogadores ainda na adolescência, mas a Fórmula 1 também tem seu celeiro de craques. A Sauber, que em 2013 completa 20 anos na categoria, ganhou fama como a porta de entrada de jovens talentos como o alemão Heinz-Harald Frentzen, que viria a ser piloto da então poderosa Williams nos anos 1990, o finlandês Kimi Raikkonen, campeão do mundo pela Ferrari em 2007, e o brasileiro Felipe Massa, que saiu do time suíço diretamente para a equipe italiana.
De acordo com a CEO da equipe, Monisha Kaltenborn, isso sempre foi algo natural, mesmo na época em que o dinheiro era curto. "No passado, competíamos contra equipes que tinham orçamentos ainda maiores. A diferença era ainda maior em relação a hoje. Mesmo naquela época, recebíamos os contatos desses pilotos, íamos avaliá-los e lhes dávamos a chance. Nunca ficávamos caçando. Eles nos procuravam porque pensavam que a equipe tinha a melhor atmosfera para entrar no esporte."
A mais nova joia lapidada pela Sauber é Sergio Perez. Parte do programa de desenvolvimento de pilotos da Ferrari, equipe com parceria técnica de longa data com o time suíço, o mexicano surge como a grande vedete do mercado de pilotos para o ano que vem. Após ser apontado como substituto de Felipe Massa na escuderia italiana, o piloto de 22 anos agora tem seu nome cotado na Red Bull e McLaren. "Rumores, apenas rumores", garante.
Mas são especulações que mostram o valor de Perez no mercado. O piloto conquistou dois pódios neste ano, na Malásia e no Canadá, e tem uma qualidade imprescindível na F1 atual: consegue ser rápido ao mesmo tempo em que economiza pneus como ninguém.
É difícil de se imaginar que Perez não pensará duas vezes antes de sair, assim como Frentzen, Raikkonen e Massa no passado. A busca da equipe agora, portanto, é passar de celeiro a time grande. "Os pilotos são uma questão secundária, você não pode depender. É melhor ter o melhor produto e, assim, atrair os melhores pilotos", diz Monisha.
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