O esporte é pródigo em situações inusitadas, como no caso do curitibano John Louis. Aos 16 anos, ele terá de esperar mais dois para tirar a carteira de motorista. A pouca idade e a falta de habilitação, por outro lado, não o impedem de ser uma das principais revelações do automobilismo brasileiro.
"É horrível ficar andando de carona, sabendo dirigir bem como eu sei. Mas fazer o quê? É a lei", diz o piloto, que corre hoje pela Fórmula Futuro, no Racing Festival, evento disputado desde ontem no Autódromo Internacional de Curitiba, em Pinhais.
O destaque precoce nas pistas não é novidade na vida de Louis. Tudo começou por brincadeira, na pista de kart de um amigo no bairro Parolin, aos 5 anos de idade. E ficou sério quando o moleque passou a ultrapassar os adultos.
"Foi meio por acaso. Mas depois que peguei o gosto, não parei mais. Logo me empenhei em construir uma carreira e evoluir cada vez mais", relata John, um apelido de infância para Jonathan.
Desde que fez da velocidade profissão, ele foi campeão do Paulista e eleito Capacete de Ouro em 2003, campeão Sul-Brasileiro em 2004, da Copa Brasil em 2007 e do Brasileiro em 2009 sempre a bordo de um kart. Currículo impressionante para um novato.
Atualmente, é o líder da categoria, criada para revelar talentos e a mais rápida do evento, com velocidade máxima de 230 km/h. Já conquistou três vitórias e está distante oito pontos à frente do segundo colocado, o mineiro Guilherme Silva.
O fato de correr em casa, segundo ele, é um benefício psicológico. "Curiosamente, Curitiba é uma das pistas onde menos treinei. Não vejo vantagem na parte técnica. Mas contar com os familiares, amigos e patrocinadores será muito bom", afirma.
Outra inspiração para Louis é Rogério Ceni. Ele corre com uma camisa alusiva ao goleiro do São Paulo por baixo do macacão, também marcada com o 01 nas costas. "Sou são-paulino e fã dele. Admiro o profissionalismo e o empenho em todos os jogos".
Uma vitória hoje à tarde a prova inicia às 14 horas o aproxima do título, um passo importante na carreira e na caminhada para alcançar o sonho de chegar à F1. "É algo significativo. Mas ainda é muito cedo para falar. As corridas têm sido muito disputadas. Em todo caso, sigo sonhando em correr na Fórmula 1".
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