O que eles dizem
"Vou lutar pelas vitórias, pelo título, sem dúvida. A Ferrari fez um grande carro para essa temporada."
Felipe Massa, piloto da Ferrari.
"Disponho de um carro confiável. Mas só conhecerei o quão bom ele realmente está depois da primeira corrida."
Rubens Barrichello, piloto da Williams.
"Temos condições de ser a melhor entre as equipes menores. Seremos um segundo mais rápido do que a Virgin e a Lotus."
Bruno Senna, pilto da HRT.
"A base do projeto é boa. Agora temos de tornar o carro mais confiável e resistente ao longo das provas."
Lucas di Grassi, piloto da Virgin Racing.
Felipe Massa - Para apagar as frustrações das duas últimas temporadas
Felipe Massa começa a temporada 2010 disposto a apagar as frustrações de perder o título de 2008 na última volta da última prova, no Brasil, e de 2009, quando foi impedido de seguir na disputa por conta do acidente nos treinos classificatórios do GP da Hungria, em julho, quando uma mola do carro de Rubens Barrichello se soltou e atingiu a cabeça do piloto da Ferrari.
E pelo que apresentou na pré-temporada, o brasileiro está mesmo disposto a realizar o sonho. Mas sabe muito bem que a disputa será acirrada a começar pela própria equipe, que contratou para esta temporada o bicampeão mundial Fernando Alonso, antigo sonho da Ferrari.
"Vou lutar pelas vitórias, pelo título, sem dúvida. A Ferrari fez um grande carro, mas as outras equipes também têm bons carros", disse o piloto brasileiro no último dos testes da pré-temporada em Barcelona, Espanha, já vislumbrando a disputa na etapa de abertura, que acontece neste domingo.
A expectativa é de que Massa faça muito mais nas provas do que na pré-temporada. Até porque acredita-se que a Ferrari tenha corrido com 30 quilos a mais de gasolina na simulação de classificação, a fim de não expor todo o potencial do modelo F10 da equipe.
E a forma equilibrada e previsível de como o carro se comporta, bem ao estilo Massa, reforça a ideia de que o brasileiro pode disputar um grande campeonato neste ano. Assim, Felipe Massa é a principal aposta brasileira para a conquista do título.
Bruno Senna - Sobrenome de peso e uma incógnita
Bruno Senna chega à Fórmula 1 carregando um sobrenome de peso (é sobrinho do tricampeão Ayrton Senna), mas por uma equipe que é uma incógnita, a espanhola Hispania Racing Team (HRT), que inicialmente participaria com o nome Campos Meta.
A escuderia, estreante no circuito F1, não participou de nenhum teste na pré-temporada, feita coincidentemente na Espanha, por problemas financeiros. O primeiro contato do carro de Bruno com uma pista será apenas na próxima sexta-feira, quando acontece o primeiro treino livre do GP de Bahrein.
Situação complicada para uma equipe e para um piloto estreantes. "Eu gostaria muito de estar treinando, como a maioria, mas não é possível. Considero, sim, a possibilidade de a equipe utilizar as primeiras etapas do campeonato para desenvolver o carro", chegou a declarar o piloto brasileiro no período de pré-temporada.
Senna e a equipe garantem que mesmo sem nenhum quilômetro rodado, o carro tem condições de ser o melhor entre as equipes menores e que pode brigar por pontos no Mundial. "Seremos um segundo mais rápido do que a Virgin e a Lotus", aposta Bruno, citando as outras duas escuderias novatas.
O que pode ajudar o piloto brasileiro e a escuderia espanhola a alcançar esse objetivo é que o modelo HRT01-Cosworth conta com o motor Dallara, marca italiana capaz de produzir bons carros.
Rubens Barrichello - Experiência a favor
A experiência será a principal vantagem de Rubens Barrichello na disputa da temporada 2010. Terceiro colocado em 2009 correndo pela iniciante Brawn, o piloto brasileiro soma dois vices, nas temporadas de 2002 e 2004, quando era companheiro de Schumacher na Ferrari. Dos 24 pilotos que participarão da F1, Barrichello também é o recordista de grandes prêmios: no total, foram 268 provas desde a estreia em 1993.
Barrichello começou os testes para a temporada 2010 questionando a atual escuderia, Williams. No primeiro ensaio, em Valência, Espanha, tanto o modelo FW32 como o motor Cosworth, que ainda necessitavam de desenvolvimento primário, apresentaram desempenho bastante inferior aos concorrentes.
Mas ao longo dos testes Rubinho se surpreendeu com a evolução da Williams, mas ainda com ressalvas. "Tendo como base o carro do ano passado, a equipe evoluiu bem. Mas não sabemos ao certo o quanto os adversários cresceram", explica o piloto brasileiro.
Assim como Felipe Massa, Barrichello também não foi ao limite do carro nos testes na Espanha. "Poderia ter sido o herói dos treinos, se quisesse. Bastava treinar com pouca gasolina", disse o piloto. O que deixa uma ponta de suspeita de que Rubinho pode voltar a surpreender com a Williams, assim como em 2009, quando muitos apostavam que as chances dele seriam poucas em uma equipe estreante. "O que eu afirmo é que disponho de um carro confiável. Mas só conhecerei o quão bom ele realmente está depois da primeira corrida."
Lucas di Grassi - Estreia sem pressão por resultados
Após passar pelo kart, Fórmula Renault, Fórmula 3 e GP2 e de ser piloto de testes da escuderia Renault na Fórmula 1 por três anos, o paulistano Lucas di Grassi, de 26 anos, estreia na categoria pela mais bem-estruturada das três equipes novatas, a Virgin Racing.
Mesmo assim, o piloto brasileiro precisará de tempo para desenvolver o modelo VR01-Cosworth com o qual correrá a temporada, já que o carro percorreu apenas 1,8 mil quilômetros, aproximadamente, nos testes, ficando com os piores resultados entre as equipes na pré-temporada na Espanha. "A base do projeto é boa. Agora temos de torná-lo mais confiável e resistente", afirma Grassi.
Nos testes, entretanto, o carro demonstrou lentidão. "O início de campeonato será para todos nós aprendermos, nos entrosarmos, nada mais do que isso", conforta-se.
E se não foi devidamente testado nas pistas, o carro ao menos conta com uma novidade tecnológica: foi testado pelo sistema CFD, tecnologia que simula no computador os testes de túneis de vento.
O que pesa a favor de Grassi é que, ao contrário do outro brasileiro estreante, Bruno Senna, sobrinho do tricampeão Ayrton Senna, não carrega a pressão por resultados. O que pode fazer a diferença para que o piloto faça boas provas e chamar a atenção de escuderias maiores para a próxima temporada.
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