Monza - No futebol, jogar em casa é sinônimo de apoio da torcida e, na mesma proporção, pressão por um bom resultado. Quando o assunto é F1, esta máxima também pode ser aplicada para a Ferrari no GP da Itália, que será disputado hoje, a partir das 9 horas.
Para o time de Maranello, a 13.ª etapa do campeonato não é apenas mais uma prova no ano: é a chance para se conciliar com sua fanática torcida, que lota de cores vermelhas as dependências do parque da cidade de Monza (a 20 km de Milão).
No ano passado, Fernando Alonso conseguiu levar ao delírio os "tifosi" e vencer de maneira convincente a Ferrari ainda teve Felipe Massa no pódio, em terceiro.
Só que, em 2011, a situação é bem distinta. A julgar pelo desempenho nos treinos, a torcida terá que se contentar em ver seus pilotos lutando por um lugar no pódio e dificilmente no degrau mais alto. "Em ritmo de corrida, a Red Bull e a McLaren parecem estar um passo à nossa frente", disse um desanimado Alonso.
Estrategicamente, o espanhol não fala mais em descontar a diferença para Vettel no campeonato. Afinal, são 102 pontos de diferença, sendo que a vitória rende 25 e restam apenas sete etapas.
Ao mesmo tempo, jogar a toalha publicamente ainda mais na corrida de casa da Ferrari é algo proibido nos boxes da escuderia de Maranello. "Enquanto tiver chances, vou brigar", seguiu Alonso.
Por isso, mais do que uma vitória em casa ou a manutenção de uma chance remota no campeonato, um bom resultado no GP da Itália pode render para a Ferrari uma tranquilidade e continuidade para o projeto do time em 2012. O "próximo ano", por sinal, é alvo de boa parte das perguntas da imprensa italiana, preocupada com o desenvolvimento do carro da temporada seguinte.
"Estamos trabalhando para diminuir a diferença para a Red Bull ainda nesta temporada. Isso porque as regras para 2012 serão praticamente as mesmas: há poucas mudanças de um ano para outro. Desta maneira, se chegarmos fortes no fim do ano, iniciaremos bem os testes de pré-temporada e o campeonato do ano que vem", explica Stefano Domenicalli, diretor esportivo da Ferrari.
Felipe Massa também busca neste GP da Itália uma redenção para a temporada até aqui pouco memorável. Nitidamente cansado de responder às perguntas sobre seu desempenho depois do acidente na Hungria de 2009 e sobre seu contrato com a Ferrari (já anunciado pelo time italiano estar renovado até o final de 2012), o brasileiro espera que a reação seja rápida. E, por que não, justamente no circuito mais rápido da temporada (em que 83% do tempo de volta os pilotos fazem com o pé pisando fundo no acelerador) e onde ele também corre em casa.
"Tenho duas corridas em casa: aqui na Itália e no Brasil. Em Interlagos, já venci duas vezes e fiz três poles, a vibração da torcida faz diferença. Se no futebol o retrospecto de um time é melhor jogando em casa, talvez na F1 isso também faça sentido", filosofou Massa.
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GP de Monza, às 9 horas, na RPC TV
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