A organização do GP do Bahrein de Fórmula 1 garantiu a realização da prova de domingo apesar dos protestos na ilha localizada no Golfo Pérsico. Eles garantiram que os atos de violência dos manifestantes não representam ameaça à corrida. Nesta quinta-feira (18), um novo conflito aconteceu na capital Manama.
O GP do Bahrein é o principal evento esportivo realizado no local e, já há alguns anos, grupos contrários ao governo aproveitam a atenção que a prova atrai para manifestarem sua posição através de protestos. Desde a semana passada, vêm repetindo os atos diariamente, mas ainda assim os organizadores garantem que a prova será realizada sem maiores problemas.
"Nós não achamos que há uma ameaça direta ao que acontecerá na pista e nem recebemos qualquer tipo de ameaça à corrida", disse o presidente do Circuito Internacional do Bahrein, Zayed Alzayani. "Mas estamos levando tudo em conta. Queremos produzir um evento que seja memorável para aqueles que estarão presentes".
Alzayani garantiu que os protestos estão acontecendo em áreas isoladas, longe do circuito ou do local onde estão os pilotos. Segundo ele, apesar dos protestos de alguns grupos, a população do Bahrein apoia a realização do GP. O dirigente informou que a procura por ingressos subiu 20% em relação ao ano passado. São esperadas 25 mil pessoas no domingo.
"Uma das diferenças da nossa corrida, em comparação com as outras provas ao redor do mundo, é que temos total apoio da nossa nação", afirmou Alzayani. "A corrida tem sido aprovada por todos os membros da sociedade, incluindo a oposição. Se há pessoas contra a prova, tudo bem. Elas podem manifestar sua opinião desde que estejam dentro da lei".
Em sentido contrário às declarações, frases como a pixada em um muro de Manama: "Não corram sobre o nosso sangue", um claro protesto contra a realização do GP em meio ao delicado momento político e inseguro do país.
O evento tem enfrentado problemas com a violência dos manifestantes há mais de dois anos, sempre em atos contra o governo local. Em 2011, os protestos fizeram com que a prova fosse cancelada pelo promotor comercial da Fórmula 1, Bernie Ecclestone.
No ano seguinte, os protestos se repetiram e integrantes da equipe Force India inclusive passaram por um incidente inesperado, quando uma bomba incendiária atrasou o retorno de uma van que os transportava e que passava por uma área onde manifestantes travavam conflito com a polícia. Apesar dos problemas, o GP foi realizado.